Eu tenho que evoluir? Quem disse que eu tenho? Quem disse que eu quero? Por que devo ir em busca desse disfarce tolo do superei — ou como os mais hipócritas gostam de dizer —, do te arquivei num lugar bom? Não! Eu não quero. Simplesmente me recuso a esse recalque travestido, fingido, forçado, social. Prefiro o meu velho, bom e francês recalque. Aqueles das dores infinitas, dos pra-sempres revividos, do diariamente triste. É certo que minha vida é curta demais para ter só tristeza, mas também é efêmera para essas alegrias demagógicas. Deixe-me assim, com meu desamor sincero. Já sei do que vou me lembrar no futuro e agradeço sua boa intenção.
Misturo tudo dentro. Ponho coisas doces, amargas e o saudoso sal. Todas as cores lindas do arco-íris. Às vezes queria ter um liquidificador na minha casa nova, mas me contentaria com uma luz difusa – por enquanto. Em quanto tempo tudo se decanta? Ou tanto faz já que tudo encanta? Finjo não importar. Ajusto a velocidade e me assusto com ela. Tudo vibra. Ponho meu bloco de manteiga na rua e bato mais um pouco essa história louca. Infelizmente o medo aparece. Medo de tudo. De tudo! E ele, o medo, desonera minha arte. Aparta-me do nexo, apela-me ao sexo, aperta-me o plexo! É tanto tempo, é tanta coisa, é tanto tudo que me afugenta o nada. Um zunido me azucrina. Mas o nada é preciso! É precioso! Paro e reparo os líquidos ao redor do olho do corpo do oceano. Prefiro a calmaria do fundo. Quase me afogo no mundo. Lembro-me de que nada disso é real. Tudo não passa de um pesadelo. Pesares... e deleites fazem parte da receita. A pergunta que fica, na verdade, é se só nos resta aceitar que é mel
Sabia que eu te amo? :*
ResponderExcluir"Lido", ou melhor saboreado... Obrigada.
ResponderExcluirMas e quem disse que a alegria tem que ser demagógica?
ResponderExcluirow qrido, mas vc bem sabe q um dia a gente supera esses caras ne?
ResponderExcluirconcordo com o Diego: quem disse que toda alegria tem q ser demagógica?
ResponderExcluirNinguém disse, nem o autor do texto.
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