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Mostrando postagens de março, 2011

Entre nós.

— Amorzinho, minha paixão! — Oi, minha serotonina. — Toda vez que te sinto, nuvem glacê de morango, parece que o seu quero-quero balbucia prosopopeias sabor chocolate... — Onomatopeias, brilhante escarlate, Onomatopeias... — Centopeias não me varam melhor, andarilho do meu espectro cardíaco. — Meu linfócito TCD4, meu chá de sete ervas às 17h! — Te amo. — Preciso de ti. — Te quero cabalisticamente, meu faraó! — Eu sei, minha força galáctica, fabulosa nebulosa! — Vem cá, meu leite de coco atapiocado. — Jujuba de doce de leite! — Minha resma de notas infindas, meu corolário! — Meu apócrifo! — Eu amo... — Nós amamos... — A nós? — A nós.

Ondas, Cores e notas.

Gotas em pó, notas sem dó. Cores, suas, todas e só. Aves não voam em marcha ré. Um rio não é igarapé. Un amor solo a mi. Mon amour, mon ami. Quando o mar se põe a arfar não implica que vai secar. Água, cor e sol É pênalti e gol! Mas sem tu lá, Só luz, gota e ar, É como estar em si O vazio do não existir. Se em ti há menos sentimentos, sei que é mentira. O fulgor aqui é só o aumento da vista que te inspira. Numa incessante confusão do não amar amando. Porque o real é ilusão, só não se sabe quando. Sou sua lavoura, lá fora, a massa física da hora. Também sou filho de Deus, mas acredito em ateus. Comer sem ver, Beber sem saber, Respirar sem viver. Nada é tão fácil e nem tudo é difícil. Amar não é nenhum sacrifício. É saltar do precipício, esperando um bom auspício! Não pensando em desperdício. Você já é o meu vício. Vem pra cá e deixa disso. Vem me ver nesse comício, Vem calar este suplício, Ou me votar pra seu patrício. Não consegue ver? Um arco-íris cintila ou reflete? Seus

Boa viagem!

E lá se iam todos novamente de volta à habitual hostilidade. Esperando ansiosamente o momento emblemático em que aquela peculiar corrida se iniciaria. O tiro de partida, assim como o trajeto da competição só eram decididos no último segundo. Era dada a largada da corrida ao ônibus. É estranho pensar por que se corria tão selvagem e desesperadamente de encontro àquela porta pela qual todos haveriam de transpassar: do primeiro ao último da fila. Coletivamente tinham que esperar uns aos outros. Mas corriam, ou melhor, atropelavam-se com o único e vanglorioso intuito de estar na frente e mostrar o traseiro para o passageiro que viria logo em seguida. Tais usuários, entretanto, numa ação uniam-se. Era o coro quase uníssono da profusão de com licenças deturpados de razão (ora, para que tanta gentileza?). Talvez eles não soubessem o que os apressavam tanto para se espremerem mutualmente. Quem sabe até esse seja mais um dos mistérios de Fátima. O curioso nesta estória foi o fato de todo