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Mostrando postagens de novembro, 2021

O Coringa

O Coringa é a personificação de uma tara que a sociedade tem. Eles fizeram da vida do personagem um eterno sofrer. O Coringa era a vítima de todos ao redor, que riam da condição dele – e não das palhaçadas que ele fazia. Ele era feio, pobre e tinha um distúrbio mental que o fazia rir sem controle – especialmente quando ele se via injustiçado.  O Coringa só queria fazer o bem sua vida toda. Não fazia mal a uma formiga sequer. Ele, como bom palhaço que era, só queria fazer as pessoas felizes e, de quebra, ser alguém digno de felicidade. Mas o que os outros ofereceram? Cobranças. Cobrança inclusive de que ele aceitasse uma condição na qual ele era apenas um saco de pancada. O movimento que ele "começou" não teve nele a sua inspiração. As pessoas que se viram na mesma condição dele, apenas liberaram essa insatisfação. O Coringa foi, no máximo, um lembrete para que as pessoas fizessem algo além do "acorda, defeca e amém".  E é aí que o grande espetáculo se deslinda: a so

Interjeições filosóficas

– Tudo pelo qual você passa é uma experiência exclusiva sua. Você não pode transferir essa sua sensação. Só você vai senti-la, por motivos, às vezes, não tão óbvios assim. E sendo essa uma coisa particular e intransferivelmente sua, é normal você não sabê-la definir direito. E tudo bem. Nós somos completos e nos bastamos. – Hum... – O que foi? – Eu não consigo entender direito. Por exemplo, você fala que nós nos bastamos. Mas como você fez pra publicar seu livro sem ajuda de outros? Sem usar do convencimento para alguém revisá-lo, editá-lo, distribui-lo? Você precisou de outras pessoas. Você sozinho não se bastou para realizar isso. É como se sua teoria fosse bem falha na prática. – Somos ensinados a pensar dessa forma, de que pessoas precisam ser convencidas para que realizemos os nosso desejos. Seja através de um simples pedido, seja pela forma de barganha (dinheiro ou troca de favores). Mas todas essas formas de se conseguir algo externo a você depende sim de outros para se existir.

Aos que ousam!

Confesso que o alarde geral repercutiu por aqui também. Também não gosto de indefinição. Vai cair o Governo? Vai ter Guerra Civil? Vai a oposição assumir? Vai haver novas eleições? Vai mudar algo? ... Apesar de não gostar dessa obrigação de ter que defender meus pensamentos, às vezes tenho que fazê-lo. E é o caso. Ora, se é algo que me afeta diretamente – tenho que ter pulso firme para ter a opinião que é melhor para mim (opinião essa – já adianto – que não será exposta aqui). Ousadia não é contrário a humildade. Você pode ousar sendo humilde. Jesus (no que está escrito na Bíblia) era humilde e ousou ao abraçar Madalena, por exemplo. Os bons são humildes. E humildade é você reconhecer que você não é o centro do universo. Humildade é saber que escutar o próximo e – PRINCIPALMENTE – tentar entender (de verdade!) seu ponto de vista não é um mero favor. Humildade é conseguir enxergar a necessidade em se escutar o próximo e ouvir suas queixas ou alegrias. Se você não vê a necessidade em