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Mostrando postagens de junho, 2011

Vai chover?

— O mal da humanidade está em criar expectativas. — Que mesquinho pensar assim! Há tanta coisa pior do que as expectativas! Veja uma guerra, um tsunami, uma bolsa roubada, uma chacina... — Se não tivéssemos esperanças de que tudo perdurasse, não sofreríamos tanto. É como um bônus aos descontentamentos: veio a guerra e estraçalhou sua sensação de paz eterna ou, não veio a guerra e arruinou suas hipóteses de como tudo iria terminar. — Sinto muito, mas não vejo coerência no que você fala: eu nunca iria querer uma guerra! — Isso é o que você me diz e o que me faz acreditar que você pensa assim. Logo, querer que eu confie no que me diz é ter expectativas sobre o meu reflexo diante do que me lança. — Ainda não compreendo o ponto. — É normal. A expectativa é a coisa mais incoerente do mundo. Ela nunca está no centro, sempre nas laterais, isto é, ou você quebra ou você frustra suas expectativas. — E quem atinge suas expectativas? — É como quem alcançou a utopia. É o que me foi