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Mostrando postagens de janeiro, 2013

Acho que eu não sei não.

Não vou mais fumar. É difícil. Não vou mais porque eu quero viver mais. Paro de fumar porque quero ter qualidade de vida, uma vida mais saudável. Uma vida sem preocupações com o futuro. Porque nem tão cedo vou morrer, nem vou sofrer, nem vou me arrepender se eu paro de fumar. Vou parar de fumar porque é o melhor pra mim, vou ser mais feliz. Afinal, eu estou sendo feliz agora, depois que eu parei de fumar. Tenho que parar de fumar, para que eu seja alguém melhor.  Fábio tirou esse pensamento das críticas que ele recebia. Ou foi dele mesmo em suas próprias críticas a si. O fato é que as críticas existiam e elas faziam sentido. Em algum instante Fábio quis então saber o porquê dessa preocupação toda. Ele quis saber qual o motivo das pessoas, inclusive ele mesmo, se unirem numa causa. Fábio queria saber o que une as pessoas. Ele se perguntava se era a necessidade fisiológica ou financeira. Ou se era um desejo ególatra de querer alguém por perto com o descarado pretexto de compartilhar

Como vai?

– Boa tarde. – Boa tarde, como vai, Fábio? – Nem tudo tão bem. – Conte-me dos seus problemas. – Então doutor, estou pensando demais. – Sei... – ... – Acabou? – Sim, acabou. – Ok. Conte-me como são esses pensamentos? Você pensa em quê? No trabalho? Nos estudos? Na família? Nos relacionamentos? Problemas insolúveis? – Em todos acima. E some a isso causas políticas e ideológicas também. – Entendo. E você às vezes sente algum incômodo com isso? – Sim. Durmo muito pouco, me isolo do mundo, me puno por tudo que acontece ao meu redor... – E com que frequência isso acontece? – A todo instante. – Agora mesmo? – Sim. – Você pode descrever? – Ah, doutor! Pensamentos perniciosos. – Pensamentos perniciosos agora? De que tipo? Você sente vontade de matar? De transar? Pode falar, eu preciso saber a natureza desses pensamentos pra que a gente trabalhe junto sobre a

Confundindo as bolas.

— Sabe, Ricardo, estive pensando... está tudo bem em nosso relacionamento?  — Hã! Claro que sim, amor! Hun... Por que a dúvida? — Não sei... Esta madrugada acordei, como de costume, com você falando sozinho enquanto dormia. Você falava umas coisas que gostaria que fossem mais esclarecidas, agora que você está acordado. — Mas, meu bem, você bem sabe que esses meus sonhos não passam de coisas sem sentido, às vezes são coisas que eu vi na rua ou na novela e que simplesmente afloram o meu inconsciente. Nada que esteja sob o meu controle. — É, eu sei... talvez seja uma mensagem do seu inconsciente para mim. Talvez, seja mesmo um sonho bobo sem sentido... Mas... — Mas? — Como era o nome mesmo daquela nova secretária que foi contratada no seu escritório? — Jeane, Jéssica, Jesebel. Algo com jota, por quê? Falei no nome dela durante o sono? — Pois é. No seu sonho ontem você não parou de falar no nome dela. — Ah, amor! Ela foi recém contratada, é um rosto novo que eu tenho