Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2011

Broto.

Eis que da terra molhada a semente que há semanas germinava, finalmente brotara. Com todo esmero e ímpeto, ela se rachava e expunha ao céu aberto sua primeira folha. A primeira de muitas. A sede de viver a fez romper seu confortável casulo e dar as caras ao mundo das intempéries.  Não havia outra saída e ela foi começar a  vida, nem cedo, nem tarde. A semente, portanto, virou broto e esse agora olhava ao seu redor e via com esplendor o mundo novo que o escolheu: era tudo claro, diferente, bom. Pássaros, insetos, cheiros, vento, cores, luzes. Deslumbrante, deslumbrante! Entretanto, não havia coisa pela qual seus olhos mais eram fisgados do que suas frondosas vizinhas. Todas enormes, de troncos maciços, sombras vultosas, folhas a perder de vista... Logo, vendo aquele espetáculo ao seu redor, o broto, após o nascimento de sua terceira folha, resolveu perguntar a uma de suas vizinhas sobre como ele chegaria a tal patamar. Contudo, sua eufórica indagação fora frustrada, porque nã