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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

Aos trinta.

Dizem que a mulher aos trinta começa a cair. Em todos os sentidos: cair no esquecimento, na desmotivação, no lugar-comum. Apesar do que falam, sinto que estou cada vez mais poderosa, embora, às vezes me veja atraída também pela gravidade: peitos caindo, carnes amolecendo, rugas cosendo... Contudo, sinto-me mais viva, cheia de ânimo para carregar o fardo de outras três décadas. Tenho um bom emprego e uma ótima casa. Comprei meu próprio carro e ganhei da minha mãe um lindo chiwawa cujo nome é Charles. Pus essa alcunha por conta do príncipe mesmo. Já que príncipes encantados não existem, fabriquei o meu próprio. Antes que pensem que estou desesperada, uma ressalva: minha vida sentimental está agitadíssima e, para falar a verdade, adoraria que nessa nova fase viessem tempos mais amenos. Há meses que vários homens me têm aparecido, porém, os céus não têm colaborado para minha amancebação. É certo que uns deles não são meus sonhos de consumo, afinal, três cancerianos matam qualquer virgi

Firework.

— Oh, Senhor, por que queres que eu faça isso? — Não adianta me questionar. Dos meus desígnios sei eu! — Matar o próprio filho? Por que não mata O Senhor, já que faz parte dos seus desígnios!? — Eu não posso. E é aí que você entra. — Não te compreendo. Tu, Senhor, és onipotente. Por que não matas O Senhor mesmo teu filho, meu irmão? — Há coisas, meu filho, que não é próprio a tua natureza entender. Portanto, quero te propor um trato. Quero que te juntes a mim para abrirmos outro compartimento no inferno. Trata-se de um pedaço que alugo a Lúcifer. Como não há nada além da minha propriedade, ele tem uma dívida eterna comigo. E é isso que quero te propor se me ajudares no meu propósito. — Que é matar teu próprio filho, meu irmão! — Ninguém jamais saberá que és irmão dEle, eu não permitirei. — ... — E então o que me dizes? Estou sendo camarada contigo: dando-te a chance de também ser conhecido, lembrado, enfim. — Não vejo bem assim, Senhor! Na verdade me sinto injustiçado: