Vários sentidos para seguir também não me fazem sair do lugar. Os sentidos que me atravessam me dão possibilidades às quais resolvo me agarrar. Aceito a impermanência porque lutar contra ela é inútil. Eu sei que é difícil procurar a si mesmo. Mas tenho certeza de que fugir é ainda pior.
Os olhares focam nos defeitos e o coração, nos medos. A mentira é a lei. Não gosto de nada disso. Todos querem ser protagonistas na vida dos outros. É sobre isso e tá tudo bem, né? É apavorante a necessidade de aprovação!
Desossei todos os meus leões e fi-los filés. Assim, perdi a graça para gente sem graça. E que bom! Amoleci minhas carnes e, dentre elas, o coração. Aprendi-me mais forte e mais fiel a vida por isso. Aonde quer que eu vá, a procura me procura. Escapulo ao que me é expatriado. Mais uma vez: sem nem saber por quê. O instinto é meramente Karnall.
Indo mais fundo dentro de mim, eu chego mais longe. Viajo entre línguas e horizontes. Delícia de novo! Delícia do novo! As águas que outrora me afogavam, hoje mostram uma nova paisagem. Tudo se renova e essa ilhota, cercada de sentimentos, me abraça. Morrer afogado é um risco real agora. Antes, a água era rasa e não dava pra se afogar – só pra fingir que se afogava.
Uma parcelinha do planetinha da estrela jovencita se acha a tal. Seres humaninhos se enchem de si, de empáfia, de rigidez. É compreensível, afinal, estamos todos MUITO fodidos mesmo! E seguimos entorpecidos de si, pedindo desculpas por querer ser quem se é. Homo ou mono é tão démodé. "Quero ser o inédito!" diz um ser que está num planeta de 4 bilhões de anos.
Ser otimista é cansativo pra caralho! Eu não quero passar pela vida, quero conhecê-la, apreciá-la, descobri-la. Sinto que a vida me quer com ela, muito embora várias coisas apontem o contrário. Quero aprender com minhas mais diversas experiências e acredito na genialidade da existência e de quem a criou.
Na verdade, não sei se fujo ou se busco. Estou correndo sem saber direito por quê. Só sei que corro feito barata tonta cheia de veneno. Meu tomate é só tóxico e o cigarro me corrompeu mais uma vez. É fácil demais fugir de si mesmo e culpar o cigarro. E as vozes não param... Meditar ajuda muito! E foi essa simplicidade que eu encontrei.
Priorizar a si mesmo não é meramente se encher de ego, vai muito além! Vai do respeitar a si mesmo, tanto quanto ao outro. Amor-próprio não é sobre "aparentar gostosa". Amor-próprio é sobre viver de maneira gostosa, sem aspas. E viver de maneira gostosa é viver em paz. Sem nenhuma frase de efeito. Sem nada "forçado". Simples.
Na verdade, não sei se fujo ou se busco. Estou correndo sem saber direito por quê. Só sei que corro feito barata tonta cheia de veneno. Meu tomate é só tóxico e o cigarro me corrompeu mais uma vez. É fácil demais fugir de si mesmo e culpar o cigarro. E as vozes não param... Meditar ajuda muito! E foi essa simplicidade que eu encontrei.
Priorizar a si mesmo não é meramente se encher de ego, vai muito além! Vai do respeitar a si mesmo, tanto quanto ao outro. Amor-próprio não é sobre "aparentar gostosa". Amor-próprio é sobre viver de maneira gostosa, sem aspas. E viver de maneira gostosa é viver em paz. Sem nenhuma frase de efeito. Sem nada "forçado". Simples.
As coisas ainda estão confusas. Mas, diga lá: o que não está confuso hoje em dia? Todo mundo recebe mil e um estímulos diários. É normal que fiquemos sem sentidos pra sentir. Perdemos o tato com o próximo; o gosto pela vida real; o olhar para a alma; o cheiro da intuição; o nosso som interior. Dá pra perceber, né? Mas vai ficar tudo bem, eu garanto.
Algo me diz que parte da solução está em perceber que fugas podem ser, na real, buscas.
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