Assim que eu cheguei aqui, uma onda terrível de solidão pincelada à sofreguidão se apossou de mim. Eu não tinha na cabeça outra ideia a não ser desistir de tudo que acabava de começar e voltar ao meu amparo, ao meu ninho, à minha terra tão amada e, acima de tudo, àqueles que tanto amo e que tanto me amam. Desde quando pisei nesse solo duro só o que passava pela minha cabeça era uma mistura amarga entre o sentimento de não-pertencimento e o de impotência, tão adstringente, que até hoje essa lembrança do gosto é ainda tão forte, que acho por vezes que ela vive concomitante a isso que chamam de adaptação.
Por isso, num instante crítico, pensando em adocicar um pouco as águas desse mar de amarguras, resolvi evocar minhas origens e, para tanto, mandei revelar fotos de meus bens mais preciosos: meus amores. Lembro de cada lágrima escorrida na seleção das fotos, como se escolher as fotos fizesse parte de um ritual de ressuscitação e reviver aquilo, caramba, era o que mais me daria vontade de fazer na vida!
Elegidas as fotos, impressas e coladas na parede ao lado da minha cama, conforme o esperado, me senti, pela primeira vez, mais confortável aqui. Mesmo que elas não pudessem me abraçar, ou me refrescar, ou me dizer palavras que aprazassem, vê-las ali era como se em parte eles estivessem ali. Não sei o quanto de física quântica garantem a presença deles ali, mas com certeza sentia boas energias dessa nova “decoração”.
Porém, o tempo – esse monstro – me fez conhecer gente nova, me fez visitar lugares novos, me fez experimentar coisas e sensações que eu nunca havia experimentado antes e isso me foi realmente agradando “petit à petit”. Eu começava finalmente a me integrar a essa nova vida. Saía para os lugares, me divertia e, ocasionalmente, tirava novas fotos...
Que depoimento mais fantástico este meu amigo ... eu trilho em minha vida por este caminho ... nunca me desligo de meu passado e dos q me foram caros: "Elegidas as fotos, impressas e coladas na parede ao lado da minha cama, conforme o esperado, me senti, pela primeira vez, mais confortável aqui. Mesmo que elas não pudessem me abraçar, ou me refrescar, ou me dizer palavras que aprazassem, vê-las ali era como se em parte eles estivessem ali. Não sei o quanto de física quântica garantem a presença deles ali, mas com certeza sentia boas energias dessa nova “decoração”. Mas o q eu gosto mesmo é do novo, da experimentação e da descoberta: "Porém, o tempo – esse monstro – me fez conhecer gente nova, me fez visitar lugares novos, me fez experimentar coisas e sensações que eu nunca havia experimentado antes e isso me foi realmente agradando “petit à petit”. Eu começava finalmente a me integrar a essa nova vida. Saía para os lugares, me divertia e, ocasionalmente, tirava novas fotos..."
ResponderExcluirbjão
já voltou pra eu ir te visitar?
ResponderExcluirNão! Volto dia 18/6! Vem, gente!
Excluirpois é, mas lembre-se de juntar as fotos novas com as antigas =)
ResponderExcluirLógico que sim! Senão as novas não fariam sentido!
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