Sabe, doutor, minha vó até hoje chama de oculista aquele que, na verdade, é oftalmologista.
– Ah, é normal. Acontece direto! Não me incomoda.
– Pois é... A quem poderia incomodar?
– Nem te conto...
– Verdade...
– E agora? Você consegue ver?
– Que grau é esse? Muito severo?
– Não sei agora, o importante é que você veja sem dificuldade.
– Mas para vermos algo de verdade, não precisamos nos esforçar?
– É, você pode viver confiando a um só olho a sua visão.
– É grave assim meu grau do olhar direito?
– É bem alto.
– Engraçado que não noto essa dificuldade toda.
– Eu sei.
– Na verdade, acho interessante a ideia das imparidades no meu corpo hoje em dia.
– Sempre?
– Claro que não! Eu gostaria, às vezes, de um equilíbrio. Mas acho interessante não ser simétrico.
– Interessante...
– Não acha?
– ...você não consegue mais diferenciar “observar” de “absorver”.
– Ah, é normal. Acontece direto! Não me incomoda.
– Pois é... A quem poderia incomodar?
– Nem te conto...
– Verdade...
– E agora? Você consegue ver?
– Que grau é esse? Muito severo?
– Não sei agora, o importante é que você veja sem dificuldade.
– Mas para vermos algo de verdade, não precisamos nos esforçar?
– É, você pode viver confiando a um só olho a sua visão.
– É grave assim meu grau do olhar direito?
– É bem alto.
– Engraçado que não noto essa dificuldade toda.
– Eu sei.
– Na verdade, acho interessante a ideia das imparidades no meu corpo hoje em dia.
– Sempre?
– Claro que não! Eu gostaria, às vezes, de um equilíbrio. Mas acho interessante não ser simétrico.
– Interessante...
– Não acha?
– ...você não consegue mais diferenciar “observar” de “absorver”.
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