Há coisas que não adianta contar, sentir é fundamental. É como uma agonia que uns sentem ao pegar em Bombril, ou que outros têm ao arranhar de um quadro, ou lixas de unha... Não descreve-se uma agonia, senti-la é fundamental.
Paixões também são assim. Não dá para simplesmente descrever o porquê de se estar apaixonado. Ora! Você acha que seria fácil não se apaixonar por alguém pra quem seu coração faz tuntum? Podem dizer, “Ah! Mas é lógico que dá para descrever: você acabou de descrever, afinal”. E daí eu pergunto: com que onipotência você pode garantir que estou descrevendo aquilo que senti? Com que prerrogativas, você pode me dizer que sou movido pelas circunstâncias? Quem, dentre tantos semi-deuses, pode medir aquilo que tanto fere ou apazígua no meu peito? Quem define se apazígua ou fere, se nem eu sei discernir!? Sinto muito, mas não importa como a gente tente explicar o inexplicável, é humanamente impossível compreender algo sobre-humano.
Por outro lado, parece de uma obviedade tão banal que por sermos fisicamente composto de ondas que passeiam pelo espaço, simplesmente ao acaso, assim, trombamos umas com as outras e reagimos. Queremos reagir. Somos movidos às reações, ao inexplicável, ao m i s t e r i o s o.
O tempo é a razão de todo mistério. O tempo é o acaso que põe duas partículas para colidirem naquele espaço. Mas o tempo não se pode conter. Tenta-se, mas não se pode captá-lo, reproduzi-lo, revivê-lo e, consequentemente, explicá-lo. O tempo que lhe dá ou tira ou devolve essa ou aquela paixão do seu peito. E dominar o tempo certo das coisas é uma tarefa que requer muito muito tempo.
Paixões também são assim. Não dá para simplesmente descrever o porquê de se estar apaixonado. Ora! Você acha que seria fácil não se apaixonar por alguém pra quem seu coração faz tuntum? Podem dizer, “Ah! Mas é lógico que dá para descrever: você acabou de descrever, afinal”. E daí eu pergunto: com que onipotência você pode garantir que estou descrevendo aquilo que senti? Com que prerrogativas, você pode me dizer que sou movido pelas circunstâncias? Quem, dentre tantos semi-deuses, pode medir aquilo que tanto fere ou apazígua no meu peito? Quem define se apazígua ou fere, se nem eu sei discernir!? Sinto muito, mas não importa como a gente tente explicar o inexplicável, é humanamente impossível compreender algo sobre-humano.
Por outro lado, parece de uma obviedade tão banal que por sermos fisicamente composto de ondas que passeiam pelo espaço, simplesmente ao acaso, assim, trombamos umas com as outras e reagimos. Queremos reagir. Somos movidos às reações, ao inexplicável, ao m i s t e r i o s o.
O tempo é a razão de todo mistério. O tempo é o acaso que põe duas partículas para colidirem naquele espaço. Mas o tempo não se pode conter. Tenta-se, mas não se pode captá-lo, reproduzi-lo, revivê-lo e, consequentemente, explicá-lo. O tempo que lhe dá ou tira ou devolve essa ou aquela paixão do seu peito. E dominar o tempo certo das coisas é uma tarefa que requer muito muito tempo.
Agora, se hipoteticamente existir alguém que não consegue sentir isso, essa vontade de explorar e ser explorado, esse desejo de conter e estar contido, peço apenas que lhe passe a questão: quais são as alegrias ou os dramas em não sentir nada? Como você me explicaria algo que você nunca sentiu ou deixou de sentir? Com que palavras definiria o vazio que você anti-fisicamente emana?
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