É comum pensar em desistir. Porque tem horas que simplesmente parece que não dá mais. E não vai adiantar conceitos bem estabelecidos, moral intransponível ou razão hermética que vão te fazer manter a máscara de um vencedor. Um dia tudo isso que tu tanto prendes vai sair. Dá pra senti-lo estrangulando tua garganta, fazendo-te engolir o teu desejo de gritar “Basta! Não aguento mais!”.
Nada vai manter sempre fixo aquilo que a natureza quer como livre. Uma mentira é uma verdade que quer ser solta. O que move a vontade é o desejo de concretizá-la. Afinal anormal seria o contrário.
Somos compostos de partículas. Que apesar de constituírem a unidade matriz de tudo que há, coabitam também com aquilo que não existe – o vazio. Ou seja, aquilo que o átomo ocupa é também ocupado pelo “nada”. E querer que tu sejas uma constante linear, honestamente só vai dificultar tua aceitação como indivíduo que comete erros e acertos, tal qual caminhar com pés no chão e vagar pelo vazio.
Mas aí, eis que surge a inconsistência de escrever sobre algo do extra-eu. Ora: que moral eu tenho para escrever sobre como tu fores te portar se eu não sei nem como o faço? Sempre me vi refletido e nunca por completo. Nunca saí de mim para poder afirmar com veemência aquilo que sou. Tudo que sei é no máximo uma análise que o outro faz de mim. Sou o retrato falado de quem sou. Eu nunca interagi comigo mesmo, não há inédito vindo de mim sobre mim. E não cabe a mim incutir um novo conceito de mim, serei sempre aquilo que se absorve – vazio e conteúdo.
Portanto, é inútil te fazer crer que o olhar do outro para uma mesma coisa pode ser diferente. Tu crês até onde a tua fé quiser que tu creias. A tua fé é teu defeito. Logo, em algum ponto teus defeitos aparecerão te mostrando que todos os defeitos derivam de uma coisa só que compõe todas as coisas – o vazio. E aí é comum pensar em desistir. Porque tem horas que simplesmente parece que não dá mais. E não vai adiantar conceitos bem estabelecidos, moral intransponível ou razão hermética que vão te fazer manter a máscara de um vencedor. Um dia tudo isso que tu tanto prendes vai sair. Dá pra senti-lo estrangulando tua garganta, fazendo-te engolir o teu desejo de gritar “Basta! Não aguento mais!”.
E daí me bate uma grande angústia e eu queria que tudo num passe de mágica – Plof! – Sumisse! E assim me ausentasse desse embate e comprimisse mais uma vez essa mola diastólica.
Nada vai manter sempre fixo aquilo que a natureza quer como livre. Uma mentira é uma verdade que quer ser solta. O que move a vontade é o desejo de concretizá-la. Afinal anormal seria o contrário.
Somos compostos de partículas. Que apesar de constituírem a unidade matriz de tudo que há, coabitam também com aquilo que não existe – o vazio. Ou seja, aquilo que o átomo ocupa é também ocupado pelo “nada”. E querer que tu sejas uma constante linear, honestamente só vai dificultar tua aceitação como indivíduo que comete erros e acertos, tal qual caminhar com pés no chão e vagar pelo vazio.
Mas aí, eis que surge a inconsistência de escrever sobre algo do extra-eu. Ora: que moral eu tenho para escrever sobre como tu fores te portar se eu não sei nem como o faço? Sempre me vi refletido e nunca por completo. Nunca saí de mim para poder afirmar com veemência aquilo que sou. Tudo que sei é no máximo uma análise que o outro faz de mim. Sou o retrato falado de quem sou. Eu nunca interagi comigo mesmo, não há inédito vindo de mim sobre mim. E não cabe a mim incutir um novo conceito de mim, serei sempre aquilo que se absorve – vazio e conteúdo.
Portanto, é inútil te fazer crer que o olhar do outro para uma mesma coisa pode ser diferente. Tu crês até onde a tua fé quiser que tu creias. A tua fé é teu defeito. Logo, em algum ponto teus defeitos aparecerão te mostrando que todos os defeitos derivam de uma coisa só que compõe todas as coisas – o vazio. E aí é comum pensar em desistir. Porque tem horas que simplesmente parece que não dá mais. E não vai adiantar conceitos bem estabelecidos, moral intransponível ou razão hermética que vão te fazer manter a máscara de um vencedor. Um dia tudo isso que tu tanto prendes vai sair. Dá pra senti-lo estrangulando tua garganta, fazendo-te engolir o teu desejo de gritar “Basta! Não aguento mais!”.
E daí me bate uma grande angústia e eu queria que tudo num passe de mágica – Plof! – Sumisse! E assim me ausentasse desse embate e comprimisse mais uma vez essa mola diastólica.
Perfeito ... Vale compartilhar ...
ResponderExcluirComo eu queria ter escrito esse texto. Muito bom!
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