Odeio acordar ou perder o foco de um sonho bom. Recordo até a vez que ouvi ao ver um filme, na casa de Clênio com o pessoal da agência, que se você puder olhar para as mãos durante o sonho, marca-se ali um ponto na sua memória que permite acessá-lo toda vez que você voltar a fitar o pulso. No filme também dizia sobre olhá-las viradas para cima e que dessa forma, e somente dessa forma — não emborcada — é que dava para erguer a base onírica. Acho que era isso, porque no meio do filme eu e Cilede estávamos conversando sobre uma coisa completamente adversa, supérflua. Só o Clênio mesmo para achar esses filmes abstrato-inside-cults legais. Clênio e o namorado. Aliás, o namorado dele também deu umas boas bocejadas que eu vi. Fato é: baboseira televisiva.
Olhei as mãos de toda forma. Palmas para cima, unhas à mostra, de lado, inclinada... Atrelei-me tanto àqueles meus dez dedos que ao dar tino, havia esquecido do que se tratava o sonho.
Contudo, lembrei-me de que minhas unhas estavam péssimas. O esmalte desbotara quase todo e elas urgiam por uma manicure. Lá se vai R$20,00. Acho melhor eu mesma passar acetona e pintá-las com esse esmalte mixuruca que tenho aqui. Preciso economizar! Mas preciso relaxar também! As crianças viajaram na semana passada, entretanto já parece meses. Saudades! Saudades aliviadas, por assim dizer.
Será que César já acordou? Ele tinha que ir para não sei onde agora pela manhã. Eu não escutei porque estava na pia lavando louça para não dar motivos de mais uma piadinha e conversês sobre minha postura, meu papel na casa e todo o et cetera possível. Daí já viu: unhas podres e pontas dos dedos estouradas. Ai, como eu queria poder dizer good bye a tudo isso, mas não dá. E o jeito é ir vivendo. E trabalhando.
Será que está chovendo ou nublado? Ai, que preguiça de levantar. Preguiça não, creio que seja dor: 30 anos, cara! Como era a palavra? Balzaquiana!
Ah! Preciso mesmo ver o tempo. Será que dá para ver daqui? Ok, dinheiro, por enquanto você ainda vence a velhice. Velhice? Xiii... vai chover. Vou ligar para Clênio para confirmar se vai ou não ter o ensaio de hoje à tarde. Cadê o celular? Lá vai eu ter que me levantar novamente. Força, garota! Garota? O dinheiro venceu novamente a velhice: celular em mãos, agora é só lig... Lembrei do sonho!
Olhei as mãos de toda forma. Palmas para cima, unhas à mostra, de lado, inclinada... Atrelei-me tanto àqueles meus dez dedos que ao dar tino, havia esquecido do que se tratava o sonho.
Contudo, lembrei-me de que minhas unhas estavam péssimas. O esmalte desbotara quase todo e elas urgiam por uma manicure. Lá se vai R$20,00. Acho melhor eu mesma passar acetona e pintá-las com esse esmalte mixuruca que tenho aqui. Preciso economizar! Mas preciso relaxar também! As crianças viajaram na semana passada, entretanto já parece meses. Saudades! Saudades aliviadas, por assim dizer.
Será que César já acordou? Ele tinha que ir para não sei onde agora pela manhã. Eu não escutei porque estava na pia lavando louça para não dar motivos de mais uma piadinha e conversês sobre minha postura, meu papel na casa e todo o et cetera possível. Daí já viu: unhas podres e pontas dos dedos estouradas. Ai, como eu queria poder dizer good bye a tudo isso, mas não dá. E o jeito é ir vivendo. E trabalhando.
Será que está chovendo ou nublado? Ai, que preguiça de levantar. Preguiça não, creio que seja dor: 30 anos, cara! Como era a palavra? Balzaquiana!
Ah! Preciso mesmo ver o tempo. Será que dá para ver daqui? Ok, dinheiro, por enquanto você ainda vence a velhice. Velhice? Xiii... vai chover. Vou ligar para Clênio para confirmar se vai ou não ter o ensaio de hoje à tarde. Cadê o celular? Lá vai eu ter que me levantar novamente. Força, garota! Garota? O dinheiro venceu novamente a velhice: celular em mãos, agora é só lig... Lembrei do sonho!
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