tag:blogger.com,1999:blog-67564877469369664822024-03-25T22:52:27.204-03:00BobtusoBobhttp://www.blogger.com/profile/12402113146380419793noreply@blogger.comBlogger113125tag:blogger.com,1999:blog-6756487746936966482.post-54500897695848364602024-02-21T23:10:00.007-03:002024-02-23T19:53:21.835-03:00Rio pra não chorar.<p> O Cristo me rendeu. Quedei-me ajoelhado diante do seu esplendor. Nessa cidade, me mudei. A necessidade me mudou. O coração tenta se desligar e ligar em cada batida. A rua pulsa, vibra e pisca. Nada é tão fácil. Nada é tão difícil. Nadar é que é necessário. Contra correntes ou a favor delas. Estou achado de amor!</p><p>Voltei pra mim. Saudade grande. Aposto na Sena que ninguém me entende cristalinamente. Aceno. Dei vinho ao meu desejo e ele não me deu ressaca. Acho que sei beber. Um mar de ressaca invadiu a praia. Loucura normal.</p><p>O medo... Ah, o medo! Seria um bicho? Seria um monstro? Sujeitos ocultos cada vez menos ocultos: eu, ele, você. Nós rezamos a mesma oração. As verdades, as mentiras. As cores e as trapaças: as flores e a desgraça. Só as rosas são sinceras.</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgB2z_JYtT97J9JdbzzFbj6STWutf0i0C9pWvJkNutrQ0DonFzfoMaf6yhQdHg0D2Bkiq2ru4yF0N_GoeC0AeBQ8-vAIEbXBb4W6tdPIbqtiPjzOGXY2VJVFBeJaZ9_Hmw81PP2wWjSNuyw-5-Vq3TZZkFGv1MK-MVjHWqkiwF-cPTUUe5IjFUTzsxjB-jg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="493" data-original-width="500" height="395" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgB2z_JYtT97J9JdbzzFbj6STWutf0i0C9pWvJkNutrQ0DonFzfoMaf6yhQdHg0D2Bkiq2ru4yF0N_GoeC0AeBQ8-vAIEbXBb4W6tdPIbqtiPjzOGXY2VJVFBeJaZ9_Hmw81PP2wWjSNuyw-5-Vq3TZZkFGv1MK-MVjHWqkiwF-cPTUUe5IjFUTzsxjB-jg=w400-h395" width="400" /></a></div><br /><br /><p></p>Bobhttp://www.blogger.com/profile/12402113146380419793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6756487746936966482.post-52405810503464259822024-02-10T17:28:00.004-03:002024-02-10T17:30:45.655-03:00Typo assimEu me afoguei em lágrimas que nunca chorei. E bebi da água que sempre evitei. Um Rio inunda minha cabeça. Mil igarapés me aconselham: vozes difusas me apontam decisões difíceis. Um jogo, uma competição, tudo se diz puta! Só eu e meus escritos me dão prazer. Um reencontro talvez me afague – e eu não me afogue na banalidade do ser.<div>Eu tenho medo de não dar conta. Eu tenho medo da minha conta. Eu tenho medo de ser refém da minha conta. O medo me dá muitos presentes, mas está na hora de eu os negar! Tudo agora é uma obrigação: falsa liberdade. Você é obrigado a tudo: do respiro ao suspiro, de manter a paz, de evitar os Guerras. Os Dias não têm culpa de nada. Eles sim são presentes.</div><div>Procuro dois pra lá e dois pra cá. Modelos, hoje, me nauseiam. Tenho medo de baleias, mas amaria sê-las – te entendo, Letícia. E admiro muito o seu trabalho.</div><div>Toc, toc... Quem é? Sou eu. Vim aqui para lembrar você daquela sensação. Do toque suave do sol na pele nua. A entrega nunca antes vista na rua. A falta de vergonha, como o trançar da natureza. Natureza que é a única beleza. O medo, o sangue, a necessidade, a metamorfose, a luta inescapável: a Lei da Selva é a Constituição Federal. Não há nada são no Senado. Tudo há de ser sanado. Não sei de nada: o sândalo escândalo do Saara, uma sandice danada – e do nada. Do nada, voltamos.</div><div>Às vezes me sinto fraco e eu sei que é isso que meu predador quer que eu seja. Canibal de mim mesmo – como todo dia. Divido o cérebro em dois. É dois pra lá e dois pra cá de novo. Da cabeça aos pés, forró <i>for all</i>.</div><div>Sinto que estou atravessando os agoras e gosto dessa sensação. De estar numa bicicleta andando. O banco me proibiu de usar um serviço por que pago! Por que lhos pago? PORQUINHOS!</div><div>Nas redes sociais percebo mil coisas querendo serem percebidas. Perceber também significa receber renda – renda-se ao capetalismo! Vamos nos aburguesarrrr! <i>Your typo sometimes is just you talking to yourself things you struggle to accept. The cure is not outside.</i> O Karnal e o carnaval me dão aval pra essa dickotomia.</div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhPEens-JsiJDZcy9S0lTIK31YUo_iZudkgiunosAO91ht0d7_ktslPVra50svF18XvMnO-OdiSD_hsOnW_xpg2E5YpnGpsnFKN7C-6fap_849lddUMwscnBVmEf5JPupnEK6t_aBI1B2xzeMdDIMaYBEfCrsBoxWVr_UBE9mAflq8BpSLtHsmhUnzE7gyd" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="351" data-original-width="626" height="358" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhPEens-JsiJDZcy9S0lTIK31YUo_iZudkgiunosAO91ht0d7_ktslPVra50svF18XvMnO-OdiSD_hsOnW_xpg2E5YpnGpsnFKN7C-6fap_849lddUMwscnBVmEf5JPupnEK6t_aBI1B2xzeMdDIMaYBEfCrsBoxWVr_UBE9mAflq8BpSLtHsmhUnzE7gyd=w640-h358" width="640" /></a></div><br /><br /></div><div><br /></div><div><br /></div>Bobhttp://www.blogger.com/profile/12402113146380419793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6756487746936966482.post-89364040878403664902023-12-13T00:01:00.004-03:002023-12-13T00:11:41.158-03:00Modelo<p>Pessoas procuram modelos para se apegar. Não há nenhuma novidade nisso. Seguiria eu também o meu próprio modelo?</p><p>Certa vez ouvi um sábio dizer que os loucos abrem caminhos que mais tarde serão percorridos pelos sábios. Mal sabia ele que mesmo se achando louco, ele, na verdade, já era um sábio por percorrer caminhos já previamente sabidos, trilhados. Seguiria ele também seu próprio modelo?</p><p>Até onde é a autonomia daquele que diz que não segue modelos? Seria possível ainda haver novos caminhos a se descobrir? É por esquecer do óbvio que o trágico acontece. É por errar o caminho que uma estrada se tece.</p><p>Talvez seja ímpar viver em par. Talvez casar não seja o caso. Talvez transar não seja um caso. Talvez uma carreira de sucesso não faça sentido nas ruas de Olinda. Talvez em São Paulo, faça. Talvez uma viagem pra Índia <i>is not your thing</i>. Talvez o anonimato lhe seja abominável. Morar no mato, ou na cidade, ou embaixo da ponte, ou embaixo d'água, ou em outro planeta ou em outros... modelos. Afinal, o modelo é, no mínimo, uma cópia de um pensamento de um sábio.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0RK5QW9T3A58EdZtreWLAoc_K6W9tgAQHHAhsXKX4PZko89zAvfCszraf-DrWy6KRn6DJv4A5BVx6TF8k3OQjc0m5uMUmDWkNwM3a1T57aoNdDAz0q6qZ2tVS3E2uAI7PMGk6ljOvB2eriJxUls3euE94EEB7TeI6ZZR3UQTKnQEnzZzbkJvoMhsPFJuH/s1280/tumblr_ofw4xk6xaz1qdygpto1_1280.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="768" data-original-width="1280" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0RK5QW9T3A58EdZtreWLAoc_K6W9tgAQHHAhsXKX4PZko89zAvfCszraf-DrWy6KRn6DJv4A5BVx6TF8k3OQjc0m5uMUmDWkNwM3a1T57aoNdDAz0q6qZ2tVS3E2uAI7PMGk6ljOvB2eriJxUls3euE94EEB7TeI6ZZR3UQTKnQEnzZzbkJvoMhsPFJuH/w400-h240/tumblr_ofw4xk6xaz1qdygpto1_1280.jpeg" width="400" /></a></div><br /><p></p>Bobhttp://www.blogger.com/profile/12402113146380419793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6756487746936966482.post-83732023718697312892023-10-03T22:30:00.005-03:002023-10-05T21:55:12.714-03:00Liquidifica dor<p>Misturo tudo dentro. Ponho coisas doces, amargas e o saudoso sal. Todas as cores lindas do arco-íris. Às vezes queria ter um liquidificador na minha casa nova, mas me contentaria com uma luz difusa – por enquanto. Em quanto tempo tudo se decanta? Ou tanto faz já que tudo encanta? Finjo não importar. Ajusto a velocidade e me assusto com ela. Tudo vibra. Ponho meu bloco de manteiga na rua e bato mais um pouco essa história louca.</p><p>Infelizmente o medo aparece. Medo de tudo. De tudo! E ele, o medo, desonera minha arte. Aparta-me do nexo, apela-me ao sexo, aperta-me o plexo! É tanto tempo, é tanta coisa, é tanto tudo que me afugenta o nada. Um zunido me azucrina. <i>Mas o nada é preciso! É precioso!</i> Paro e reparo os líquidos ao redor do olho do corpo do oceano. Prefiro a calmaria do fundo. Quase me afogo no mundo.</p><p>Lembro-me de que nada disso é real. Tudo não passa de um pesadelo. Pesares... e deleites fazem parte da receita. A pergunta que fica, na verdade, é se só nos resta aceitar que é melhor viver pelo prazer, ou devemos realmente continuar sofrendo por ele? Embora um para existir precise do outro, eu preciso mais de mim do que o outro? Cheio de calarias e pudores declamo com a boca aberta, cheia de rumores, lambuzando-me, esbaldando-me, espalhando-me, derretendo-me nesse milkshake-vida!</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjf6VGGBScKUXuoZnBMaSxNMMQhIJronhYwSggWJzdZ2Zh6LTu3cGYyJGI7C-h-cmhjbAKBz_ionK_XLl_YQNZOWiRevrYox9XSxPYMLE-S7dghpfPIR-Lr9h_qr14PwI-spN8aXX1EL9GjUpd3GJt64gV-snW1LpRxJohEUv-dv0abFbU2jfiXcwh_rhf7/s517/tumblr_oo23nhsxRC1qz6f9yo1_500.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="517" data-original-width="500" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjf6VGGBScKUXuoZnBMaSxNMMQhIJronhYwSggWJzdZ2Zh6LTu3cGYyJGI7C-h-cmhjbAKBz_ionK_XLl_YQNZOWiRevrYox9XSxPYMLE-S7dghpfPIR-Lr9h_qr14PwI-spN8aXX1EL9GjUpd3GJt64gV-snW1LpRxJohEUv-dv0abFbU2jfiXcwh_rhf7/w386-h400/tumblr_oo23nhsxRC1qz6f9yo1_500.jpeg" width="386" /></a></div><br /><p><br /></p><p><br /></p>Bobhttp://www.blogger.com/profile/12402113146380419793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6756487746936966482.post-25727967094228596862022-08-02T23:21:00.015-03:002022-08-03T11:04:12.115-03:00Colar de prata<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVW0n_MGx5X0e5g6DJpS7CDI6evx2lOTgLGhtfJcCNDmY_PhwZ0DJwMgAqbU_t41ZuNoiNGcr_pAKWprHMOc-4hFzSnhE0JcCR1H4y_F8obcfkQLto42U7jQ1otQ-IjLWem2tCAMAH4QZlku7SVX-UrOd4X6ppd4-oqktB_Mh5DwrlOfLkCzDdka2ypA/s871/colar%20de%20prata.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="871" data-original-width="564" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVW0n_MGx5X0e5g6DJpS7CDI6evx2lOTgLGhtfJcCNDmY_PhwZ0DJwMgAqbU_t41ZuNoiNGcr_pAKWprHMOc-4hFzSnhE0JcCR1H4y_F8obcfkQLto42U7jQ1otQ-IjLWem2tCAMAH4QZlku7SVX-UrOd4X6ppd4-oqktB_Mh5DwrlOfLkCzDdka2ypA/w414-h640/colar%20de%20prata.jpeg" width="414" /></a></div>Não é sua palavra que me amarga, é a saliva. Sentida e consentida, travando nossas gargantas. O silêncio já tem novas cores, eu sei. O bote assusta, mas é efêmero. O veneno é o que machuca e permanece. Não é o olhar que me afugenta, é o medo de ficar cego. Tateio minhas lembranças com a carne. Pelos, lábios, encontro, minha – nossa! – tara.<br /><br />Há um mistério que eu vou descobrir, é iminente. Eu não estou preparado para ele, posso sentir. Mas nada está preparado para coisa alguma! Não dá nem pra parar, avalie <i>pré-parar</i>! O balanço final nunca é final, afinal.<br /><br />Mudei-me de mim mais uma vez. Desmontei tudo e empacotei em baús. Na mudança, acabei encontrando aquele colar de prata que você me deu. Ele se oxidou. Mas não desisti dele. Pela polidez, descartei o sujo e remocei o brilho. <br /><br />Hoje reflito na prata: minha paz é ouro.<p></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/C9FQE6Xg4K0" width="320" youtube-src-id="C9FQE6Xg4K0"></iframe></div><br /><p></p>Bobhttp://www.blogger.com/profile/12402113146380419793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6756487746936966482.post-20320846941126652272022-08-02T22:44:00.003-03:002022-08-02T23:28:31.055-03:00Tempo de Pipa<p></p><div class="separator" style="clear: both;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYekhsFnBzu9sfGLw4VotaoU9cZTYMhG3SVNanOb0lU0r-TfGEiAGBkc682UxUFGNdHnXoVAPRPeuastLewKG4AYMmye8z-FT8me7NoNt2fo5bHDOp8LoOs4VD_9dUjiX-4KLB9cBGmDMeXbPFv8HnwtXlb7YJD0BYk6u6zBbT_wFkORyTBMl01L95Ng/s780/tempo%20de%20pipa.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="780" data-original-width="563" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYekhsFnBzu9sfGLw4VotaoU9cZTYMhG3SVNanOb0lU0r-TfGEiAGBkc682UxUFGNdHnXoVAPRPeuastLewKG4AYMmye8z-FT8me7NoNt2fo5bHDOp8LoOs4VD_9dUjiX-4KLB9cBGmDMeXbPFv8HnwtXlb7YJD0BYk6u6zBbT_wFkORyTBMl01L95Ng/w462-h640/tempo%20de%20pipa.jpeg" width="462" /></a></div>Ela permanecia ali em seu galho só observando aquela comédia. De todas as suas crias, ela sabia que aquela era de longe a mais risível. "Ora, 40 mil anos e continua se achando o ápice de tudo que vive! Como é engraçada essa criatura!" soluçava de tanto rir, aquele ser de idade incerta.</div><div class="separator" style="clear: both;"><br />"Eu lhes coloquei 7 buracos na cabeça para absorver tudo ao redor, mas não adiantou. Veja, por exemplo, eu lhes dei a praia de Pipa belíssima para ser apreciada. Águas mornas e paisagens inebriantes. Mas eis que, quando estão lá, eles só apreciam a si mesmos. Nas fotos, por exemplo, desfocam o presente que lhes dei, deixando-o meramente como plano de fundo borrado numa foto igual a tantas e tantas outras..." e refletiu um pouco "basta um zap meu para o Sol e tudo que é celular acaba..." <br /><br />E continuou "Eu vou passar cerol na mão. Vou sim!" E voltou a gargalhar.</div><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/GjWuop9G6bU" width="320" youtube-src-id="GjWuop9G6bU"></iframe></div><br /><p><br /></p>Bobhttp://www.blogger.com/profile/12402113146380419793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6756487746936966482.post-1236853297890256162022-07-20T21:50:00.006-03:002022-08-02T22:48:22.483-03:00Movimentos<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi24w6iPKiZWHtaEmtkS81u59pXfg3WbNpFta8sCppbGkzumQ15Qp3lqIkY7svu-DyUqP_9BNrDkvtJKUuh-uVGbjuaeTQs_X-4mFY8WYaYlIYrUDsqtQFlEN-P8-a9PNNumIFpGBj9v8yzPt8V3BLzZs2u-z_FjekRBhaq1b_rBhKy6RnH1djjIpNUsQ" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="744" data-original-width="500" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi24w6iPKiZWHtaEmtkS81u59pXfg3WbNpFta8sCppbGkzumQ15Qp3lqIkY7svu-DyUqP_9BNrDkvtJKUuh-uVGbjuaeTQs_X-4mFY8WYaYlIYrUDsqtQFlEN-P8-a9PNNumIFpGBj9v8yzPt8V3BLzZs2u-z_FjekRBhaq1b_rBhKy6RnH1djjIpNUsQ=w429-h640" width="429" /></a></div><p></p><p>Foi quando me vi com saudade do futuro que percebi o quanto estava perdido. Um vazio anacrônico me enchia de vergonha. Ora! Como poderia eu sentir saudade do que nunca tinha sido? Expectativas serão sempre desleais, já diziam os seres da Mata.</p><p>Não é também que o passado me azucrine. Hoje em dia consigo, embora com dificuldade – confesso –, aceitar o óbvio. Sim, o passado já passou. O que talvez incomode mais é o gosto do futuro repetindo o passado, travoso como um Caju ainda imaturo. </p><p>Sinto-me envolvido num movimento qualquer. Nele, finalmente, vi o momento certo de errar. O objetivo é tão importante quanto o trajeto. Da travessia do Nascimento até esses tempos modernos dos Santos, tudo é um ciclo. Enrijeço ao me enfraquecer e me enfraqueço ao enrijecer. Quem se admite perfeito só não admite isso pra si mesmo – de resto, tudo perfeito, claro!</p><p>Convenhamos: o equilíbrio é uma falácia gostosa. Do lado de cá, adoramos apelar para uma persona que criamos em nós e de nós: perfeita nas suas imperfeições. Viver brincando ou brincar vivendo talvez seja, de fato, o gostoso disso tudo. A seriedade a gente deixa para os e as eventuais caretas. Assim, descobrimos que entre rugas e rusgas, há apenas solilóquios vazios cheios desta mensagem trivialmente fluida e natural: que texto doido da gota!</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/oNr6aP_xnUY" width="320" youtube-src-id="oNr6aP_xnUY"></iframe></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><p><br /></p>Bobhttp://www.blogger.com/profile/12402113146380419793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6756487746936966482.post-5346014199248259522022-07-17T21:48:00.006-03:002022-07-18T19:38:41.270-03:00Cartão Vermelho<p>Da cor do amor. Foi assim que me tingi quando te conheci. Uma cor que nos era impossível, mas que milagrosamente em nós estava estampada na testa. Jogadores afoitos do jogo da vida. Ah, como faziam falta! Era cartão em cima de cartão: amarelo aqui, amarelo acolá... Até o juiz perdia o juízo às vezes! </p><p>Mas no geral, tudo tornava-se muito simples. Era a vida que lhe dava muitas rasteiras, portanto driblar do inevitável era uma necessidade! <i>Carpe diem</i> seu peito dizia. Aproveitar cada segundo da vida! Cada momento poderia ser bom! Era essa sua mensagem. Tão trivial, tão óbvia, tão âncora... e que apesar disso, sempre esquecida. </p><p>Cartão vermelho é o fim do jogo. Dói, dá raiva, mas por fim fica uma esperança de que no próximo jogo tudo mude. Já a morte é cruel, pois ela é o fim dos jogos e de todas as suas grandes emoções. A morte é algo que avisa pro nosso peito que agora só nos restas as pequenas emoções, que tudo pode ser muito breve... mas também eternamente lindo na memória.</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj03GBiZYvAxmaGJ73LUpH7F4CWnH7OfeRDJyHz8g6ZVob-bMmlwconxPdAeX3lfCu-zH025kqn69XnqJxeWhnAjzFLEaeV56ReCXWhAIgpiSYpTAJ3Ioh3PuHkshrlbsPemXoAclOkdTjTfrRa-G0Z7Kj4lLjrRhCRx9ETeITPzQJGJ21KCFg-vhPx8w" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="564" data-original-width="564" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj03GBiZYvAxmaGJ73LUpH7F4CWnH7OfeRDJyHz8g6ZVob-bMmlwconxPdAeX3lfCu-zH025kqn69XnqJxeWhnAjzFLEaeV56ReCXWhAIgpiSYpTAJ3Ioh3PuHkshrlbsPemXoAclOkdTjTfrRa-G0Z7Kj4lLjrRhCRx9ETeITPzQJGJ21KCFg-vhPx8w=w640-h640" width="640" /></a></div><br /><br /><p></p>Bobhttp://www.blogger.com/profile/12402113146380419793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6756487746936966482.post-33551456773516794842022-07-07T17:37:00.003-03:002024-02-02T21:05:10.828-03:00Visita surpresa<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiWT2Snqax7ARg-pmgTaouWLWrr7dU7mXSZW4Ct0RRAG0CNKSj7hJxBG-yN3FNPrMOjO-VNFy5rt3NTI_F-au6wFv0MTFQ0raPukXtXCCwFyRhQ7cotU3gkgtS-FaHrR4bsgXBGj03NGSAx75Sxnl7Cz_EQdd2z4FGMDpvNmpykXBzvnZ8bT2pzMTepJw" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="853" data-original-width="1280" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiWT2Snqax7ARg-pmgTaouWLWrr7dU7mXSZW4Ct0RRAG0CNKSj7hJxBG-yN3FNPrMOjO-VNFy5rt3NTI_F-au6wFv0MTFQ0raPukXtXCCwFyRhQ7cotU3gkgtS-FaHrR4bsgXBGj03NGSAx75Sxnl7Cz_EQdd2z4FGMDpvNmpykXBzvnZ8bT2pzMTepJw=w640-h426" width="640" /></a></div><p></p><p>Eu não sabia aonde você tinha ido parar. Fazia tanto tempo que você não aparecia! Por um instante eu nem acreditei que fosse possível: você aqui de novo!? Eu não sabia se você estava morando no Ceará ou somente nas minhas expectativas. </p><p>Está chovendo. Você chega sem bater na porta, traz as roupas do varal e atravessa meu corredor. Invade todos os cômodos como inundação. Coloca uma música, equaliza o som e me faz dançar! Só sei dançar com você também. Pude sentir o seu perfume pela sala. Em meia-hora você mudou minha vida. Você acredita que vivo até hoje com a sua herança?</p><p>Fiz seu café. Tapioca com leite de coco, se me lembro bem. Olhei seus olhos e eles revelavam uma tranquilidade cândida. Era como aquelas aparições angelicais que o povo de antigamente dizia ter. Suas feições eram serenas, um quase sorriso meio safado, meio transigente. Era lindo esse sorriso.</p><p>Você já vai? Tudo bem. Obrigado pela visita. Eu estava mesmo morrendo de saudade! Volte sempre! Volte mais! Apareça, amor-próprio!</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/4TfV1dkscPY" width="320" youtube-src-id="4TfV1dkscPY"></iframe></div>Bobhttp://www.blogger.com/profile/12402113146380419793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6756487746936966482.post-79690214650204753422022-07-06T15:56:00.003-03:002022-08-02T22:45:28.916-03:00100 sentidos<div>Vários sentidos para seguir também não me fazem sair do lugar. Os sentidos que me atravessam me dão possibilidades às quais resolvo me agarrar. Aceito a impermanência porque lutar contra ela é inútil. Eu sei que é difícil procurar a si mesmo. Mas tenho certeza de que fugir é ainda pior. </div><div><div><br /></div><div>Os olhares focam nos defeitos e o coração, nos medos. A mentira é a lei. Não gosto de nada disso. Todos querem ser protagonistas na vida dos outros. É sobre isso e tá tudo bem, né? É apavorante a necessidade de aprovação!</div><div><div><br />Desossei todos os meus leões e fi-los filés. Assim, perdi a graça para gente sem graça. E que bom! Amoleci minhas carnes e, dentre elas, o coração. Aprendi-me mais forte e mais fiel a vida por isso. Aonde quer que eu vá, a procura me procura. Escapulo ao que me é expatriado. Mais uma vez: sem nem saber por quê. O instinto é meramente Karnall.<br /><br />Indo mais fundo dentro de mim, eu chego mais longe. Viajo entre línguas e horizontes. Delícia <i>de</i> novo! Delícia <i>do</i> novo!<i> </i>As águas que outrora me afogavam, hoje mostram uma nova paisagem. Tudo se renova e essa ilhota, cercada de sentimentos, me abraça. Morrer afogado é um risco real agora. Antes, a água era rasa e não dava pra se afogar – só pra fingir que se afogava.</div><div><br /></div><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgz75FG08sFT9MHvt_sVr7fH0wKLFhvRVbHHfOLCnczOsDaFsRlyu7uWtsfpK9oGWWUdk-IsJjZLYSqwKmt6PBGBp_V6zY4jJW2D29WEwYJP0QULxls9p6_UX-hTbvpjGk52E2ufMPtS_uuPSDqvm871VlLb2GSlIuXxk8r11WD18ALSnTzpfPEbvwj9w" style="clear: left; display: inline; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img alt="" data-original-height="2048" data-original-width="1536" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgz75FG08sFT9MHvt_sVr7fH0wKLFhvRVbHHfOLCnczOsDaFsRlyu7uWtsfpK9oGWWUdk-IsJjZLYSqwKmt6PBGBp_V6zY4jJW2D29WEwYJP0QULxls9p6_UX-hTbvpjGk52E2ufMPtS_uuPSDqvm871VlLb2GSlIuXxk8r11WD18ALSnTzpfPEbvwj9w=w480-h640" width="480" /></a></div><div>Uma parcelinha do planetinha da estrela <i>jovencita</i> se acha a tal. Seres humaninhos se enchem de si, de empáfia, de rigidez. É compreensível, afinal, estamos todos MUITO fodidos mesmo! E seguimos entorpecidos de si, pedindo desculpas por querer ser quem se é. Homo ou mono é tão <i>démodé</i>. "Quero ser o inédito!" diz um ser que está num planeta de 4 bilhões de anos.</div><div><br /></div><div>Ser otimista é cansativo pra caralho! Eu não quero passar pela vida, quero conhecê-la, apreciá-la, descobri-la. Sinto que a vida me quer com ela, muito embora várias coisas apontem o contrário. Quero aprender com minhas mais diversas experiências e acredito na genialidade da existência e de quem a criou.<br /><br /> Na verdade, não sei se fujo ou se busco. Estou correndo sem saber direito por quê. Só sei que corro feito barata tonta cheia de veneno. Meu tomate é só tóxico e o cigarro me corrompeu mais uma vez. É fácil demais fugir de si mesmo e culpar o cigarro. E as vozes não param... Meditar ajuda muito! E foi essa simplicidade que eu encontrei.<br /><br />Priorizar a si mesmo não é meramente se encher de ego, vai muito além! Vai do respeitar a si mesmo, tanto quanto ao outro. Amor-próprio não é sobre "aparentar gostosa". Amor-próprio é sobre viver de maneira gostosa, sem aspas. E viver de maneira gostosa é viver em paz. Sem nenhuma frase de efeito. Sem nada "forçado". Simples.</div><div><br />As coisas ainda estão confusas. Mas, diga lá: o que não está confuso hoje em dia? Todo mundo recebe mil e um estímulos diários. É normal que fiquemos sem sentidos pra sentir. Perdemos o tato com o próximo; o gosto pela vida real; o olhar para a alma; o cheiro da intuição; o nosso som interior. Dá pra perceber, né? Mas vai ficar tudo bem, eu garanto. </div><div><br /></div><div>Algo me diz que parte da solução está em perceber que fugas podem ser, na real, buscas. <br /></div></div></div>Bobhttp://www.blogger.com/profile/12402113146380419793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6756487746936966482.post-3558236409539326182022-06-03T18:10:00.001-03:002022-08-02T22:45:40.542-03:00Bebaço<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgOxsRfSiTrhNYO1viSZT0PCEw65uIjfUTsAVRDEL_r2J_QAuirs3_VFq3S-ZFxWdSJWWUuBjN709bIYiNqWrqKwQXzaphJukXdiuYAG4S_zCI9h-Mvq11BlEavA_u9d9OjSdVTZwr_J0wZTTnt1vKlHXJjW2dt7vGSqvl7UmiAa0yGzQjkP7H0Yu5FQg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="564" data-original-width="564" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgOxsRfSiTrhNYO1viSZT0PCEw65uIjfUTsAVRDEL_r2J_QAuirs3_VFq3S-ZFxWdSJWWUuBjN709bIYiNqWrqKwQXzaphJukXdiuYAG4S_zCI9h-Mvq11BlEavA_u9d9OjSdVTZwr_J0wZTTnt1vKlHXJjW2dt7vGSqvl7UmiAa0yGzQjkP7H0Yu5FQg" width="240" /></a></div><br /><br /><p></p><p>Ele se embriagava pra seguir a vida. "Sem uma boa dose não tem nem propósito viver!". Ele sabia que a bebida dificilmente tornaria as coisas mais fáceis. Mas ele não focava no advérbio nessas horas. Não era o "dificilmente" que importava pra ele ali! O fato é que as coisas se tornariam mais fáceis em algum momento! Havia a possibilidade disso! As coisas poderiam se tornar mais fáceis! "É difícil, mas podem..." dizia trôpego com seu bafo forte. </p><p>E continuava:</p><p>"Esperança é o lembrar de não sofrer, é o contrário do pesar. Isto é, o APESAR. É usar o APESAR na vida. Porque APESAR de estarmos passando por um momento ruim, um momento bom virá! APESAR de termos partes desagradáveis na nossa história, eles não resumem toda a nossa vida. APESAR de você, amanhã vai ser outro dia..." e parava pra entornar outro gole. </p><p>"Veja, a dor nunca vai deixar de ser dor. E eu não quero negá-la aqui. Não quero dizer que eu não tenho dor – seria um erro terrível, aliás! Afinal, quem nega a dor não a resolve. Aceitar que a vida é feita de momentos bons e ruins é uma grande lição. E fugir disso é fugir de si. É construir uma relação em que não se pode confiar em si mesmo. Afinal, você fugiu de se encarar. Você negou oportunidades que a vida lhe deu para aprender isso. Mas, amigo..." – pausa para outro gole – "APESAR disso, você pode sim mudar."</p><p>E tornava a falar:</p><p>"Há uns 10 anos, mais ou menos, eu queria morrer porque não sabia como viver. Pensava sempre nos meus erros de forma punitiva. Boa parte disso veio do meu condicionamento, é verdade. E acredito que com muitas pessoas – com você inclusive – também foi assim. E é por isso que uso esta via de escape, essa bebida, como uma forma de poder passar pela vida. Algo que faça a nossa coexistência melhor, APESAR de tudo."</p><p>"E por isso que eu garanto que é errando que se aprende! Quem só acerta não aprende. A dor é quem ensina. A ressaca é quem ensina a beber. Mais cedo ou mais tarde, mas ela ensina. E por isso que eu digo: lidar com a dor é aceitar com mais carinho as suas falhas. É sobretudo saber que você não se resume a isso, a uma falha. Você não é apenas um erro. Você é simplesmente um ser que veio para este planeta, para nesta hora escutar esta mensagem. E, no final, lembrar que APESAR de tudo isso, existe o TUDO ISSO!"</p><p>"Aproveite este ar, este chão e beba um gole comigo! Aceite o pesar e sobretudo exercite o APESAR. Não tenha medo de si porque você é o seu maior aliado. Veja os animais! Toda a natureza quer viver. Você também quer. Seu coração está lhe dizendo isso quando a dor o faz pesar. Mas APESAR disso ele não desiste de bater. A resposta esteve aqui o tempo inteiro. Se eu falo esse bocado de coisas óbvias por estar bêbado é porque me embriaguei de esperança."</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/DQp8_1QbKX8" width="320" youtube-src-id="DQp8_1QbKX8"></iframe></div><br /><p></p>Bobhttp://www.blogger.com/profile/12402113146380419793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6756487746936966482.post-46701262325315536342022-04-27T11:22:00.001-03:002022-04-27T11:25:23.124-03:00Meu poeminho do contra<p style="text-align: left;">Pessoas sábias</p><p style="text-align: left;">não são as que sabem demais.</p><p style="text-align: left;">O vernáculo as confundiu.</p><p style="text-align: left;">Pessoas-sabiás:</p><p style="text-align: left;">essas sim sabem demais!</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgQionHHtCCDrxTz-u8urvo1x6vi6HOuOeoBfF1qvoefdkARplzSnh0uTjTTdQKnml7pvaF02lt0XBdDiYgXa_x9_EJFdrsXdJV_CLxSorob8N-hXyV9gO02z02dVKqAkl5E4j1EfbIwl-ReOJkIuSy1gAsP48AA2lYD2EnZ6N9iG2BU8HYp_n8uH4bVg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="500" data-original-width="500" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgQionHHtCCDrxTz-u8urvo1x6vi6HOuOeoBfF1qvoefdkARplzSnh0uTjTTdQKnml7pvaF02lt0XBdDiYgXa_x9_EJFdrsXdJV_CLxSorob8N-hXyV9gO02z02dVKqAkl5E4j1EfbIwl-ReOJkIuSy1gAsP48AA2lYD2EnZ6N9iG2BU8HYp_n8uH4bVg=w400-h400" width="400" /></a></div><br /><br /><p></p>Bobhttp://www.blogger.com/profile/12402113146380419793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6756487746936966482.post-37737767635671902182022-04-14T00:40:00.004-03:002022-04-26T12:59:27.986-03:00AliceAli nasceu,<br />Na flor do Nordeste,<br />Num calor da peste<br />O mais lindo perfume.<br /><br />Aliando seu cheiro ao dulçor<br />De sua voz que emanava<br />Como sempre e espalhava<br />Palavras-conforto.<br /><br />Ali se iam os dias,<br />Os meses, os anos<br />O voo dos que amamos,<br />O re-pouso de tanta dor.<br /><br />Ali a sábia sabiá e o bem-te-vi <br />que tanto bem em ti via<br />cantam agora em alegria<br />com seu revoar. <br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh_u50sGPXBYisiQ1oKNo4sIdJr28dI8BAOAmje7sbrA0Hu2oUNI5WAe9FiXK7azf6jLSvVYBmzIxjAnpw2pyRTL17J3rFQ4haEDaGShf-GSyGF2z-Ree_ijTens1wqTrFStt_se0wxOfGgXLNMsODI6scTTmAcTyq1ABplhEupu_ORmIdyMVHk3WH8tw" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh_u50sGPXBYisiQ1oKNo4sIdJr28dI8BAOAmje7sbrA0Hu2oUNI5WAe9FiXK7azf6jLSvVYBmzIxjAnpw2pyRTL17J3rFQ4haEDaGShf-GSyGF2z-Ree_ijTens1wqTrFStt_se0wxOfGgXLNMsODI6scTTmAcTyq1ABplhEupu_ORmIdyMVHk3WH8tw=w640-h480" width="640" /></a></div><br />Bobhttp://www.blogger.com/profile/12402113146380419793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6756487746936966482.post-91130387067247186172022-03-23T09:55:00.006-03:002022-08-02T22:25:58.248-03:00OculistaSabe, doutor, minha vó até hoje chama de oculista aquele que, na verdade, é oftalmologista.<br />– Ah, é normal. Acontece direto! Não me incomoda.<br />– Pois é... A quem poderia incomodar?<br />– Nem te conto...<br />– Verdade...<br />– E agora? Você consegue ver?<br />– Que grau é esse? Muito severo?<br />– Não sei agora, o importante é que você veja sem dificuldade.<br />– Mas para vermos algo de verdade, não precisamos nos esforçar?<br />– É, você pode viver confiando a um só olho a sua visão.<br />– É grave assim meu grau do olhar direito?<br />– É bem alto.<br />– Engraçado que não noto essa dificuldade toda.<br />– Eu sei.<br />– Na verdade, acho interessante a ideia das imparidades no meu corpo hoje em dia.<br />– Sempre?<br />– Claro que não! Eu gostaria, às vezes, de um equilíbrio. Mas acho interessante não ser simétrico.<br />– Interessante...<br />– Não acha?<br />– ...você não consegue mais diferenciar “observar” de “absorver”.<div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgM-tSN466Sp_aRrOaEy5r-VqVmvolsKAsoJGutAuO5ejmpCoS-g1Ib3DsycqXCZ9GrPYobFO2nXP27mmAMNKTIMkcaEJO9qcrsU4AKUuD2ZKkMn8-J92KHGd9XXCm-6oo-2BDxj2EWDsecL8-xwjd3P9qNqRUVNnXnhzunG6Itf247K-ien_eUXxcGRA" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="719" data-original-width="570" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgM-tSN466Sp_aRrOaEy5r-VqVmvolsKAsoJGutAuO5ejmpCoS-g1Ib3DsycqXCZ9GrPYobFO2nXP27mmAMNKTIMkcaEJO9qcrsU4AKUuD2ZKkMn8-J92KHGd9XXCm-6oo-2BDxj2EWDsecL8-xwjd3P9qNqRUVNnXnhzunG6Itf247K-ien_eUXxcGRA=w507-h640" width="507" /></a></div><br /><br /></div>Bobhttp://www.blogger.com/profile/12402113146380419793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6756487746936966482.post-12010704556170037012022-02-08T17:40:00.013-03:002022-02-09T12:30:44.418-03:00Quase<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhtXIdeKlsKKGxL_fU7Oe-LM1NyWJ7hZbsa6u2s6VtIFTtyA6GQVjqT5P0miEpCMd4bqs8OsoQfQffY1wTJE22J7kLS4fnfyZ9-BQa8QzJVD28Ai29dFxfCJIUH_t2FelllO6P463WucIX6wSI6VWt8ycitaFTIOQ4OdPzFXPHp7N9BqGR_B-SPZI-1uQ" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="2133" data-original-width="1200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhtXIdeKlsKKGxL_fU7Oe-LM1NyWJ7hZbsa6u2s6VtIFTtyA6GQVjqT5P0miEpCMd4bqs8OsoQfQffY1wTJE22J7kLS4fnfyZ9-BQa8QzJVD28Ai29dFxfCJIUH_t2FelllO6P463WucIX6wSI6VWt8ycitaFTIOQ4OdPzFXPHp7N9BqGR_B-SPZI-1uQ=s16000" /></a></div><p></p><p>É nas oscilações da vida que podemos ver a nossa amplitude. É lá no fundo do poço, com água até o pescoço, que avistamos a crista da onda – percebendo que não estamos nela. E nos movemos, com uma força que não sabemos de onde tiramos, rumo a alguma direção. Mesmo mistério dos altos e baixos cardíacos, pulmonares, marítimos... pelos quais vivemos, respiramos, navegamos sempre. Ou quase sempre.</p><p>O tempo se relativiza na divisa com o infinito. Achamos que o sentimento será eterno enquanto durar. Notamos que o duro é nos manter flexíveis. Brincamos de Deus com Ele. E não dá para fazer isso. Nenhum Einstein de batina, de terno ou de regata precisava dizer o que já era explícito. Ou quase explícito.</p><p>O percurso da vida está implícito dentro de cada ser vivo. O vírus da humanidade nela mesma se propaga sem sentidos. Quem sou eu para apontar direções? O homem está cada vez mais virulento. Vagamos e pensamos que chegamos ao fim nas palavras repetidas dos homens que apontam verdades. E a minha pergunta, que quase ninguém vê, continua sempre a mesma: como – sem ir – chegar lá. Ou quase lá.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/xYh5dy41TjA" width="320" youtube-src-id="xYh5dy41TjA"></iframe></div><br /><p><br /></p>Bobhttp://www.blogger.com/profile/12402113146380419793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6756487746936966482.post-54474308677805106132022-01-21T15:24:00.002-03:002022-02-08T18:30:38.556-03:00Interseções filosóficas – Parte de nós.<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZYZM2U8xoaqcjaA9pdn962I4YQVk_lRmwxTKINcx-9YR23rv3bXjIA81DtfyfEl2RP3gedlgYpl-Aynb7dbd-Ks-QQdwctuRNfqmsZ2AAGaFIURg90CJW5gi-9LA3YASDdNYMRUYT6R5A/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="745" data-original-width="563" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZYZM2U8xoaqcjaA9pdn962I4YQVk_lRmwxTKINcx-9YR23rv3bXjIA81DtfyfEl2RP3gedlgYpl-Aynb7dbd-Ks-QQdwctuRNfqmsZ2AAGaFIURg90CJW5gi-9LA3YASDdNYMRUYT6R5A/s16000/image.png" /></a></div><br />– É um show de horrores! Chamaram a travesti de "ele"! Referiram-se a uma mulher <i>cis</i> como "mulher de verdade, não uma travesti"! E teve ainda piada sobre "o pinto do traveco"! Um absurdo descomunal! <p></p><p>– Realmente, desrespeitoso.</p><p>– Pois é. Isso só mostra como estamos numa bolha minúscula e o quanto que quem está de fora dela ainda não tem a noção do que é respeitar o próximo, de como tratar... Isso é revoltante!</p><p>– E o que motiva sua revolta?</p><p>– Não sei... queria viver num mundo mais igualitário.</p><p>– Mas há aí uma tremenda incoerência no seu discurso, você não vê?</p><p>– Eu? Incoerente por achar que todos mereçam respeito?</p><p>– Não. Nada disso. Todos merecem respeito e eu concordo com você nisso. Falo da incoerência de "viver num mundo igualitário", sendo que você não faz um esforço para isso. Afinal, a ideia de viver na sua confortável bolha não dialoga com a ideia de interagir com o mundo. O problema é morfológico. A bolha é intransponível. Só participa da bolha quem é assim assado. Fechamo-nos – e aqui me incluo – num individualismo pequeno e isso é péssimo. Achamos que somos referência. Achamos que sabemos tudo.</p><p>– Como assim? No meu ponto de vista...</p><p>– Tá vendo... desculpa te interromper. Mas a questão não é "meu ponto de vista". A questão está na polisssemia de "nós".</p><p>– Polissemia? O que é isso?</p><p>– <i>Poli</i> são vários. <i>Semia </i>são sentidos. Então, o problema está nos vários significados dos "nós". Por exemplo: existem aqueles nós que são formados pelo amarração de fios. Daí, eles podem ser como nós, ou seja, nós fortes, nós cegos, nós frouxos... Existem até os nós na garganta, na cabeça, nas situações da vida... </p><p>– Sim... e o que isso tem a ver com o que eu tô falando?</p><p>– Admiro sua pressa em aprender! Ela é matéria prima para o nosso desenvolvimento. Espero que você admire mais ainda o processo de aprender, de entender que todo processo de desatar nós requer tempo, persistência, logo, pois, paciência.</p><p>– Ok...</p><p>– Existem também nós. Nós dois. Aqui, eu e você. Mas também existem outros nós. Há nós, os gays. Nós, os brancos. Nós, os brasileiros. Nós, os privilegiados. Nós, os detentores da informação correta. Nós, também detentores da empáfia. Nós, os humanos infalíveis. E mesmo assim com tantos de nós, ainda nos encontramos desse modo, falidos humanos... resumidos à mesquinhez e a facilidade de dizer "dá um Google" que você descobre como se relacionar com esse ou aquele tipo de gente. Não foi o Google quem me ensinou a viver. Ninguém vive no virtual. Meu oxigênio está aqui ao meu redor, não na tela desse PC, não na forma de uma bolha.</p><p>– Mas é essa bolha quem nos protege e nos acolhe do jeito que somos!</p><p>– Bolhas são intransponíveis e muito frágeis. Se houver interação com o meio, deixam de existir. Deixam de ser bolha. E então? Onde fica a proteção e o acolhimento? Você precisa decidir se quer viver numa bolha pequena ou grande, e eis aí uma proposta interessante. Que tal pensarmos que a bolha é esse planetinha azul em que pisamos?</p><p>– ...</p><p>– Nessa hora é muito normal não sabermos como lidar com essa contradição. E passamos a repetir o ciclo que nos foi ensinado: rejeitar acima de qualquer hipótese aquilo que nos é incoerente. É um mecanismo internalizado do cérebro. A depender do nosso nível de apego às nossas convicções, podemos até achar em algum momento desrespeitoso. Um mecanismo de defesa típico. E nos mirramos a qualquer informação, qualquer som. Nem o bem, nem o mal podem nos fazer algo agora. E talvez por isso, gostaria de continuar essa conversa depois... que tal?</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="420" src="https://www.youtube.com/embed/ZQ-au1PBDMQ" width="506" youtube-src-id="ZQ-au1PBDMQ"></iframe></div><br /><p><br /></p>Bobhttp://www.blogger.com/profile/12402113146380419793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6756487746936966482.post-31330658051744787532021-12-16T00:52:00.016-03:002022-01-22T23:34:17.871-03:00Deus<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiupYGtHR5CutZLH7qV8rx8BTqhEcDeae19rEldA1jczh7We20NjxN4qA9Umq7-veDMLfPYD-ZjShQHgBkTO-EKvoNKGe6_jNmfRIfS9aeHog_L_H6u4NhSqwxdlP8kKMWHfknLKsx1HiST/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="801" data-original-width="564" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiupYGtHR5CutZLH7qV8rx8BTqhEcDeae19rEldA1jczh7We20NjxN4qA9Umq7-veDMLfPYD-ZjShQHgBkTO-EKvoNKGe6_jNmfRIfS9aeHog_L_H6u4NhSqwxdlP8kKMWHfknLKsx1HiST/w451-h640/image.png" width="451" /></a></div><p>Tenho para mim que Deus está em tudo aquilo que não foi inventado. No inédito do inédito é onde Deus habita. O que Ele faz está no que ainda não foi feito e tudo só pode ser feito, portanto, através do que Ele faz. Pode parecer filosófico (e, por isso, abstrato) demais, mas eu explico. </p><p>Acho que Deus é uma junção de tudo aquilo de misterioso que há no universo. Ora! Você nunca se perguntou a razão das coisas? Nunca percebeu que há perguntas sem respostas e respostas sem perguntas? Por que eu amo minha mãe? Não sei, eu apenas a amo. Por que eu preciso passar por isso? Não sei... talvez para aprender o que hoje eu sei? Por que eu vivo? Por que eu morro? Há muito de Deus nas crianças de 8 anos. </p><p>Ele criou o livre-arbítrio. Sendo essa, talvez, a sua primeira criação. Pois desde a primeira ideia, houve o livre-arbítrio para escolher o que se fazer depois. Deus inventou também o liberalismo. O liberalismo divino – que seja. E Ele foi tendo ideias inéditas, e inéditas, e inéditas... Imagine só! Todas as ideias, para serem concebidas, vieram da ideia "gênesis" de criar o livre-arbítrio.</p><p>Criou-se tudo: Universo, Plural, Estados Unidos, Potência, Desejo, Marreco, Sérgios, Vazio... Até O Presente Momento Em Que Você Lê Isso! Inclusive, até a concepção de que Ele não existe foi por Ele criada. E talvez, por esse lado, é justificável nos sentirmos apequenados diante da Sua onipotência. Deus escreve inclusive torto por essas linhas que preenchem a página e lê precisamente por esses olhos que a percorrem.</p><p>Você deve estar pensando que há vários "poréns" nessa História toda. Deve passar, por exemplo, na sua cabeça que Deus tenha permitido coisas ruins e isso "é inconcebível!". E é, talvez, aí que se deslinda o mistério. Pois é na busca pelo mistério, da sua aceitação ou da sua inquietação, que acabamos por nos encontrar – postas as nossas falhas e pequenez – conosco mesmos. Deus é tão perfeito que criou até a imperfeição.</p><p>Porém – são vários, lembra? – Ele também criou você perfeito. Valeu, Deus!</p><p style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/aGFJZZ4aoZc" width="320" youtube-src-id="aGFJZZ4aoZc"></iframe></p><br /><p></p>Bobhttp://www.blogger.com/profile/12402113146380419793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6756487746936966482.post-22548669341720197222021-11-09T11:55:00.002-03:002021-11-29T09:29:16.384-03:00O Coringa<p>O Coringa é a personificação de uma tara que a sociedade tem. Eles fizeram da vida do personagem um eterno sofrer. O Coringa era a vítima de todos ao redor, que riam da condição dele – e não das palhaçadas que ele fazia. Ele era feio, pobre e tinha um distúrbio mental que o fazia rir sem controle – especialmente quando ele se via injustiçado. </p><p>O Coringa só queria fazer o bem sua vida toda. Não fazia mal a uma formiga sequer. Ele, como bom palhaço que era, só queria fazer as pessoas felizes e, de quebra, ser alguém digno de felicidade. Mas o que os outros ofereceram? Cobranças. Cobrança inclusive de que ele aceitasse uma condição na qual ele era apenas um saco de pancada.</p><p>O movimento que ele "começou" não teve nele a sua inspiração. As pessoas que se viram na mesma condição dele, apenas liberaram essa insatisfação. O Coringa foi, no máximo, um lembrete para que as pessoas fizessem algo além do "acorda, defeca e amém". </p><p>E é aí que o grande espetáculo se deslinda: a sociedade não quer se assumir falida de propósitos e valores. A sociedade quer, na verdade, é ter alguém para sempre culpar pelas suas falhas. E, sem nenhuma surpresa, culpa de novo o já culpado Coringa. Ora, que novidade!</p><p>O Coringa é apenas um reflexo, uma doença criada para vender remédio moral nessa eterna, batida e previsível estratégia de arranjar motivos para socar os mais vulneráveis. Culpam o sujeito e não as condições em que ele está inserido. Culpam o sujeito e a sua vulnerabilidade imposta por eles mesmos. Personificam o erro nos outros para esquecerem que os outros são os que me leem também.</p><p>Bang!<br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh06aRFHcV1w08E7AmZbXom0gUSRnwW2qqSrr3YqlYvq48s3nk9ZSGaX0rHcRuEN3Xhpdnny95VZJs7LPj2CACOCh4lrnbtgAYyU8BxXx855ZCYE7xVVbLOrX2Rp0e4bbD8p_s9eQoKwFYQ/s2048/joker-finger-gun-shot-o4-3840x2400.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="2048" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh06aRFHcV1w08E7AmZbXom0gUSRnwW2qqSrr3YqlYvq48s3nk9ZSGaX0rHcRuEN3Xhpdnny95VZJs7LPj2CACOCh4lrnbtgAYyU8BxXx855ZCYE7xVVbLOrX2Rp0e4bbD8p_s9eQoKwFYQ/w640-h400/joker-finger-gun-shot-o4-3840x2400.jpeg" width="640" /></a></div><br /><p><br /></p>Bobhttp://www.blogger.com/profile/12402113146380419793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6756487746936966482.post-10227215209458921102021-11-09T10:25:00.001-03:002022-04-26T13:34:42.956-03:00Interjeições filosóficas<div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgek-HLkZ4vrLKbY3dk8HdOee8EdC9iKpL05Vrpa9AndHTBm3HygCey0XLj5J9-yAnE0LCzpr_8P7yO9EFS2BePpXRZ4sSG1_4zCIKl6VcR0WGDrtKF1StzDulF9ltBVGX2OZir_e2aQGon/s1002/d1c8e1662bd96c2b3e53685c68ea637a.jpeg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1002" data-original-width="564" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgek-HLkZ4vrLKbY3dk8HdOee8EdC9iKpL05Vrpa9AndHTBm3HygCey0XLj5J9-yAnE0LCzpr_8P7yO9EFS2BePpXRZ4sSG1_4zCIKl6VcR0WGDrtKF1StzDulF9ltBVGX2OZir_e2aQGon/w360-h640/d1c8e1662bd96c2b3e53685c68ea637a.jpeg" width="360" /></a></div></div>– Tudo pelo qual você passa é uma experiência exclusiva sua. Você não pode transferir essa sua sensação. Só você vai senti-la, por motivos, às vezes, não tão óbvios assim. E sendo essa uma coisa particular e intransferivelmente sua, é normal você não sabê-la definir direito. E tudo bem. Nós somos completos e nos bastamos.<div>– Hum...</div><div>– O que foi?</div><div>– Eu não consigo entender direito. Por exemplo, você fala que nós nos bastamos. Mas como você fez pra publicar seu livro sem ajuda de outros? Sem usar do convencimento para alguém revisá-lo, editá-lo, distribui-lo? Você precisou de outras pessoas. Você sozinho não se bastou para realizar isso. É como se sua teoria fosse bem falha na prática.</div><div>– Somos ensinados a pensar dessa forma, de que pessoas precisam ser convencidas para que realizemos os nosso desejos. Seja através de um simples pedido, seja pela forma de barganha (dinheiro ou troca de favores). Mas todas essas formas de se conseguir algo externo a você depende sim de outros para se existir. O que eu falo é sobre sua natureza interna: você não precisa de outro nem de coisas para estar bem consigo mesmo. Sua atitude é o que define o que você sente. Você delimita e também preenche sua vida com os momentos que lhe couberem usar. E é sobre isso: sobre a forma de ir preenchendo a vida, com momentos da nossa existência.</div><div>– Você fala umas... "old", viu!?</div><div>– Old?</div><div>– É, total!</div><div>– O que é "old"?</div><div>– Ah. Hahaha é uma gíria da nova geração. Quer dar o sentido de "óbvio". Você fala umas coisas que são óbvias!</div><div>– Hahaha! O fortuito encontro com jovens é muito útil! E pensar que eles farão do mundo um lugar mais livre me dá um certo conforto.</div><div>– O seu ostracismo não lhe permite ver os jovens?</div><div>– Você me acha fechado ao novo?</div><div>– E isso importa?</div><div>– Pra mim importa.</div><div>– E pra mim?</div><div>– Não tenho como saber.</div><div>– Pois é...</div><div>– Eu não me acho fechado ao novo. O novo é o agora. É inevitável não se adaptar a ele. O novo é cada novo segundo, não há com o que lutar ou se "pré"-ocupar, o novo vai ocupar no momento dele.</div><div>– Você acha que as pessoas vão pensar como você? Todas elas?</div><div>– Não. E eu não quero isso.</div><div>– Mas você sugere que as pessoas ajam como você diz. Elas precisam pensar, em alguns aspectos, em concordância com as suas linhas de raciocínio, não acha?</div><div>– Concordo em partes. Acredito que minhas palavras possam cruzar com uma ou outra pessoa e possa talvez direcioná-las na forma de agir. Mas há infinitas formas de levar a vida e a minha não é a melhor ou pior, é apenas uma delas.</div><div>– Como você acha que o futuro, feito por esses jovens, será feito de liberdade?</div><div>– Eu quero crer assim. Mas talvez seja desnecessário imputar ao mundo essa projeção. É só um desejo. É meu norte fazer tudo que me cabe para isso.</div><div>– E isso não implica que os outros pensem como você? Ou melhor, como você mesmo diz: não implica que as pessoas "sejam direcionadas" para a direção que você defende para um mundo mais livre?</div><div>– O convencimento não faz parte da minha filosofia. Eu não preciso convencer ninguém para se ter um mundo mais livre.</div><div>– Mas tem milhares "convencendo" do contrário, de que o mundo deve ser cada vez mais encaixotado. Direcionando, inclusive, a existência a uma mera expectativa do "estômago-invisível", que se alimenta da liberdade tolhida.</div><div>– Não deve haver uma guerra de convencimentos. Eu proponho apenas sermos livres com algumas de nossas convicções.</div><div>– Você propõe, eles impõem. Eles têm mais poder. Você tem uma teoria e prática cheias de lacunas.</div><div>– Não é minha intenção convencer.</div><div>– E qual é sua intenção?</div><div>– Não tenho intenções.</div><div>– O que te motiva?</div><div>– Minha existência.</div><div>– Oxe, Osho!</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/ZhpyWFzjeDg" width="320" youtube-src-id="ZhpyWFzjeDg"></iframe></div><br /><div><br /></div>Bobhttp://www.blogger.com/profile/12402113146380419793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6756487746936966482.post-53303109866991740402021-11-08T21:47:00.002-03:002021-12-16T01:29:14.987-03:00Aos que ousam!<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Confesso que o alarde geral repercutiu por
aqui também. Também não gosto de indefinição. Vai cair o Governo? Vai ter
Guerra Civil? Vai a oposição assumir? Vai haver novas eleições? Vai mudar algo?
... Apesar de não gostar dessa obrigação de ter que defender meus pensamentos,
às vezes tenho que fazê-lo. E é o caso. Ora, se é algo que me afeta diretamente
– tenho que ter pulso firme para ter a opinião que é melhor para mim (opinião
essa – já adianto – que não será exposta aqui).</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Ousadia não é contrário a humildade. Você
pode ousar sendo humilde. Jesus (no que está escrito na Bíblia) era humilde e
ousou ao abraçar Madalena, por exemplo. Os bons são humildes. E humildade é
você reconhecer que você não é o centro do universo. Humildade é saber que
escutar o próximo e – PRINCIPALMENTE – tentar entender (de verdade!) seu ponto
de vista não é um mero favor. Humildade é conseguir enxergar a necessidade em
se escutar o próximo e ouvir suas queixas ou alegrias. Se você não vê a
necessidade em escutar o próximo para poder conviver em harmonia, sinto-lhe
dizer que você não é humilde. Humildade é o princípio básico do respeito, da
vida melhor, daquilo que é bom. Os humildes são bons.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Por isso ouse! Ouse ler outras fontes! Ouse
pisar na Lua! Ouse ver o que os outros têm a dizer! Não foque nessa diferença.
Não alimente extremismos! Você pode sim pensar diferente do seu colega, mas
respeite o seu colega pensar do jeito dele – afinal numa estória sempre vai
haver duas (ou mais) verdades. E tudo bem! Humildade é perceber-se diferente, mas nem por
isso julgar-se melhor ou pior por isso. Aliás, pessoas humildes sabem que não
são tão diferentes assim do outro. Pessoas humildes sabem que podem errar.
Pessoas humildes também sabem que acertos vêm. Pessoas humildes são as velhas e
boas pessoas humanas. Pessoas humildes sabem sobre a entalpia, a entropia e a
energia livre das coisas.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://40.media.tumblr.com/8413ea79fab919e4b0d44684e15aab6b/tumblr_nvavh7GWQs1ue0f7ko1_540.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="256" src="https://40.media.tumblr.com/8413ea79fab919e4b0d44684e15aab6b/tumblr_nvavh7GWQs1ue0f7ko1_540.jpg" width="320" /></a><span lang="PT-BR">Ouse para ser mais humano! Ouça para ser
mais humilde! Pondere para ser mais coerente consigo – mas não para se exibir
ou oprimir quem você acha que não está sendo coerente. Ouse não usar as mesmas
armas do inimigo para vencê-lo num jogo cujas regras ele criou. Nada existiria se o universo não tivesse ousado explodir no Big Bang. Você não é inimigo daquela pessoa,
vocês são aliados<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>com um só objetivo: um
país melhor. Toda e qualquer ideia contrária a essa – de que você é aliado – é
nociva, é perniciosa. Humildade é perceber que tendemos a sermos taxativos e/ou
melindrosos. Mas, sobretudo, humildade é ser capaz de levantar a cara e dizer: eu
não quero errar, mas não sei exatamente como acertar sem eventualmente errar.<o:p></o:p></span></div>
Bobhttp://www.blogger.com/profile/12402113146380419793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6756487746936966482.post-43453455035089159772021-10-15T22:10:00.008-03:002022-04-14T00:58:12.644-03:00A Equilibrista<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIHN37pjOyFlmUBNnEnkzzJUYwHEJSVV49PGUxLjMAOGrd8GOGgB95dr-vd1ABgS2q77SXSPOCQ1I2xj8KVPLo6GIQ0Xp0kA9iCxDRxlvVkOm3GYOBhzlU2idphBlHJBWKBg5LdEdMT19F/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="550" data-original-width="412" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIHN37pjOyFlmUBNnEnkzzJUYwHEJSVV49PGUxLjMAOGrd8GOGgB95dr-vd1ABgS2q77SXSPOCQ1I2xj8KVPLo6GIQ0Xp0kA9iCxDRxlvVkOm3GYOBhzlU2idphBlHJBWKBg5LdEdMT19F/w300-h400/image.png" width="300" /></a></div><br />Naquele momento ela não se sentia bem. Estava incomodada com um vazio na barriga e na mente. Ela precisava preencher com palavras e poesia sua existência, a qual, para ela, não fazia sentido. Ela permeava nesse ir e vir de emoções circulares, seculares, celulares. <p></p><p>Ela mergulhava no desejo de conhecer seu limite. Ela brincava numa corda bamba, onde qualquer deslize pudesse lhe conduzir o inevitável. Ela sentia necessidade de se desafiar. Como se quisesse provar para si mesma o improvável. De certo modo, o medo de cair lhe impulsionava a subir mais e mais. Ela não identificava o porquê. Tudo que ela queria era sentir algo novo.</p><p>Ela aspirava os novos ares do porvir! Logo ela, tão ligada ao que já passou, tão magoada, tão sofrida... Mas num átimo, ela pensava em mudar de ofício. Ser malabarista, sonhava baixo. Mas ela gostava de altura. Ela não se via de baixo. Sua meta: ser malabarista equilibrista. O desequilíbrio voltava a lhe inspirar. Ela perdera até o ritmo do texto, com o pretexto da metalinguística.</p><p>Ela não queria assinar seu moderno autorretrato. Ela preferia selfies. Ela era moderna, vanguardista, popular. Sabia dos memes e por isso evoluiu em toda forma de sentimentalidade. Ela é poderosa em tempos modernos. Pelo menos ela acredita que é, enquanto ela é.</p><p>Maria da Saudade.</p><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/ss-lL_V0kbQ" width="320" youtube-src-id="ss-lL_V0kbQ"></iframe></div><br /></div>Bobhttp://www.blogger.com/profile/12402113146380419793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6756487746936966482.post-73133079510425862602021-10-15T21:57:00.004-03:002021-12-16T09:04:45.552-03:00Refluxo<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrQehoZFarKjS5nhYCqyAzksiB0MPFuL-AiL6smB3OkxhQCqbESnmZ9D_d-NhchVUj8LkJD6R-ilEU7lTXVCEbk0PjPODUyngvFvWYqyYIq1xKO5wr3puJrd0jPHDl9i7fSsBw1LzXa1bJ/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="304" data-original-width="236" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrQehoZFarKjS5nhYCqyAzksiB0MPFuL-AiL6smB3OkxhQCqbESnmZ9D_d-NhchVUj8LkJD6R-ilEU7lTXVCEbk0PjPODUyngvFvWYqyYIq1xKO5wr3puJrd0jPHDl9i7fSsBw1LzXa1bJ/" width="186" /></a></div><br />Você tem o hábito de me dizer errado. E eu, de tão errado, me espanto aos elogios. E hoje, depois de tantos excessos, aprendi que meus erros foram justamente esses excessos. Eu amei excessivamente. Eu me dediquei excessivamente. Eu me entreguei excessivamente. Eu esperei e criei expectativas excessivamente. Eu quis até me matar por me achar excessivo demais para esta vida. Sem perceber que você, indigesto como é, é que tinha prazer em me amiudar.<p></p>Bobhttp://www.blogger.com/profile/12402113146380419793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6756487746936966482.post-6488306886979168632021-06-27T11:57:00.005-03:002021-06-27T12:00:08.460-03:00Torta de paixão<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxh-s4BYcDvkA8Uk6Kjs7izIrvIlRcf4H4whAktLvULobcOQhCHWmPgdFwG4sdF_BngrcD2WVjTKHtNFM59qSHBC5uV35ezEtgB88SyftIlqG5YFZfjzkhS2S0LEtxxgNaygtYM1Qgvt8T/s846/torta+de+amor.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="846" data-original-width="564" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxh-s4BYcDvkA8Uk6Kjs7izIrvIlRcf4H4whAktLvULobcOQhCHWmPgdFwG4sdF_BngrcD2WVjTKHtNFM59qSHBC5uV35ezEtgB88SyftIlqG5YFZfjzkhS2S0LEtxxgNaygtYM1Qgvt8T/w266-h400/torta+de+amor.jpeg" width="266" /></a></div><p></p><div style="text-align: center;">sei lá,</div><div style="text-align: center;">to levando com a barriga isso</div><div style="text-align: center;">e haja abdominal</div><div style="text-align: center;">pra manter esse vício.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">torta de paixão,</div><div style="text-align: center;">sigo procurando o doce</div><div style="text-align: center;">momento de ilusão</div><div style="text-align: center;">como se amar fosse.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">sei lá,</div><div style="text-align: center;">to levando com a barriga isso.</div><div style="text-align: center;">sem fome ou apetite,</div><div style="text-align: center;">café sem compromisso</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div><div style="text-align: center;">suspiro</div><div style="text-align: center;">raivinha</div><div style="text-align: center;">suspiro</div><div style="text-align: center;">raivinha</div></div>Bobhttp://www.blogger.com/profile/12402113146380419793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6756487746936966482.post-23843151235110783532021-06-12T18:50:00.003-03:002022-08-02T22:50:57.888-03:00Pois é<div class="separator"><a href="https://www.blogger.com/#" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhb6O4H-OkC4uKBIdNG3plTBEKm1AltO0odwFZEmNP_r5vU2CPzJAp8VRweiNazC9QypN4vITcOLBORlS94Q6cLIrIpmsmkixo3dnmrUbDP53roDegC5cz212fCapgU-FJxxcIw-a-TPbwr/w287-h400/image.png" /></a></div><p></p><br />- Tem vezes que acho que não vai dar.<br />- É... tem vezes...<br />- Mas sempre dá, né?<br />- Nem sempre.<br />- Mas tem vezes que a gente acha que vai dar tudo errado e no final, dá tudo certo.<br />- É... tem vezes...<br />- Mas nem sempre, né?<br />- Pois é.<br />- O que tiramos disso?<br />- Que tem vezes para tudo na vida.<br />- Mas nem sempre, né?<br />- É... nem sempre.Bobhttp://www.blogger.com/profile/12402113146380419793noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6756487746936966482.post-48706245479814064542021-06-12T14:49:00.004-03:002022-08-02T22:51:07.373-03:00Anatomia<p>Ele o esperava na porta do centro de biociências. Não sabia o que dizer. Acreditava que tudo iria vir naturalmente. Ele voltara a acreditar nas biociências. A tesoura do desejo o esquartejava na espera. O medo dessecava as carnes, “manter-se no formol não é tarefa fácil”, pensou. Esperou. Todo esse ritual escatológico trazia talvez um novo rubor em sua face. Talvez. Ele já não estava tão ansioso pela sensação do prazer carnal. Sexo ele conhecia bem. Eram outros prazeres que o guiavam.</p><p>Estava cansado de correr na direção contrária. Ele só queria descansar e compartilhar um pôr-do-sol e um remédio antimonotonia. É pedir muito? Talvez fosse. O instinto dizia “quem não chora não mama” e a razão retrucava “no hay que llorar!”. Verdade... Por que chorar? Mais ainda, por que não levar como “leve pluma”? </p><p>As dúvidas, os medos, as incertezas, as culpas, as desculpas. Tudo ficou tão leve que voou pra longe. Era amor de exageros. Não tinha como não ser – “mas que nada!”. Eles voaram. Em direções opostas, mas no mesmo sentido. Não queriam, ali, se machucar.</p><p></p><p>Eles se desculparam anos depois. Em silêncio. Sem nunca mais sequer terem se visto, nem nunca se deixado machucar.</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieM_ndc-GHZX0h3kvoBqA23wpQr6BllYMRjzp32dCJ8WcRwgC6LZ_WNRB7WcwUpTugTk8lOcsNcQ9BuHv3nfqNK9Z4C2RqE8Mbh5ka1_dElJl5dUZTaHe4Uc-zIOGIYIGT9uIWYZSxrgDe/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="489" data-original-width="640" height="306" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieM_ndc-GHZX0h3kvoBqA23wpQr6BllYMRjzp32dCJ8WcRwgC6LZ_WNRB7WcwUpTugTk8lOcsNcQ9BuHv3nfqNK9Z4C2RqE8Mbh5ka1_dElJl5dUZTaHe4Uc-zIOGIYIGT9uIWYZSxrgDe/w400-h306/image.png" width="400" /></a></div><br /><br /><p></p>Bobhttp://www.blogger.com/profile/12402113146380419793noreply@blogger.com0